sábado, 5 de abril de 2025

Casual ou Íntimo?!

 

Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!


                                       Tiago 4.8


Para os antigos israelitas, a Arca, era o sinal concreto da Presença de Deus. Por isso haviam regras rigorosas sobre como lidar com ela, deveria permanecer num local especialmente consagrado. Israel, porém, teve uma história muito conturbada, e parte daquelas regras acabaram sendo negligenciadas. A Arca chegou até a ficar algum tempo em mãos de inimigos, mas depois conseguiram colocá-la numa casa particular – onde ficou pelo menos 20 anos! (1Samuel 7.1). Depois de tanto tempo, é compreensível que mais parecesse fazer parte dos móveis, bastante familiar para Aiô e Usá, filhos do dono da casa, Abinadabe.

Porém, o Rei Davi ao instituir sua nova capital, Jerusalém, decidiu levar a Arca (a Presença de Deus!) para um lugar digno naquele local central. Tratou então de buscá-la com grande festa. Só que... a Arca não deveria ser tratada com a casualidade de um objeto familiar qualquer. Deveria sempre ser transportada suspensa em duas longas varas, carregadas por quatro sacerdotes. Era proibido tocar diretamente nela - quem a tocasse, morreria (Números 4.15). Ao que parece, tudo isso tinha caído no esquecimento, e assim fizeram de qualquer modo, colhendo um desastroso resultado. Esqueceram-se de que o importante, na verdade, não era a Arca de Deus, mas o Deus da Arca.

Essas experiências de Israel com Deus, são uma herança que alimenta a vida espiritual do cristão e - tal como ocorreu com eles, corremos o risco de também encarar Deus, como nada mais do que uma peça de mobília familiar, sem maior influência em nossa vida - tão habitual que nem é mais notado, nem reverenciado como o grandioso Deus que é.

No entanto, Deus quer habitar no nosso íntimo e nos abençoar com Sua Presença. As bênçãos recebidas por Obede-Edom, (2 Samuel 6.11,12) refletem isto, vale a pena cultivar a intimidade com Deus, reverenciá-Lo e conhecê-Lo de verdade. Casualidade ou intimidade com Deus: é fator determinante para promover pobreza ou riqueza espiritual.

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