Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela.
João 8.7
O mundo virtual que ganha cada vez mais espaço em nossos dias, retira a máscara humana e escancara uma face do ser humano que já existia antes do boom digital, mas que agora se revela de forma mais intensa e degradante: o julgamento.
Temos a ligeira sensação de vestir a toga de juiz, e ganhar credencial para poder criticar o mundo todo, utilizando apenas palavras superficiais, digitadas rapidamente no ardor das tão acaloradas discussões nas redes sociais.
Acontece, que enquanto nos ocupamos criticando e julgando o outro, tiramos o foco dos nossos próprios erros e pecados, quase nos tornando invisíveis.
E assim sendo, nos distanciamos a passos largos do genuíno Cristianismo que o SENHOR Jesus pregou. Tendemos a dimensionar as iniquidades, acreditando que existem algumas maiores e outras menores, que os erros que são “revelados” são piores e mais vergonhosos; quando o que acontece é que eles tem consequências, repercussões diferentes e podem ou não virem a público.
Na prática, não é porque nosso pecado não foi descoberto que isso o torna menor, ou menos terrível. Pelo contrário, pecado sempre será pecado e por sua vez, nos afasta de Deus e nos corrompe, compromete a nossa santidade.
"Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus" (Isaías 59.2).
A questão é que nos enganamos, pois quando descobrimos o que nossos irmãos fizeram e que manchou suas condutas, nos aproveitamos para externar nossa indignação, como se isso nos tornasse mais santos, amenizasse os nossos erros, atenuasse as nossas iniquidades e, por essa lógica, nos deixasse menos pecadores.
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