sábado, 27 de julho de 2019

Fixados Nele


"Senhor", disse Pedro, "se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas".

                                         Mateus 14.28

Embora nos pareça, o apóstolo Pedro não está colocando o Mestre a prova, nessa ocasião; pelo contrário, está Lhe fazendo um desesperado apelo. Mesmo porque caminhar sobre água, não é algo natural, convencional; e sobre um agitado e revolto mar então, é no mínimo insano e irracional, uma atitude que exige extrema coragem ou total ausência de medo.
Podemos até imaginar, Pedro apoiando firmemente na lateral da embarcação, sob os protestos ou incentivo dos demais companheiros, alguns mais ousados, aventureiros e intrépidos; outros mais cuidadosos, conservadores, cautelosos...
- Deixa disso Pedro, aqui estamos todos seguros!
- Isso pode ser uma cilada – não vê que é muito arriscado?!
- Está fora de si – gente! é melhor impedirmos este desastre!
- Vai lá amigo, mostra a todos a sua coragem!
- Você é valente, vai conseguir!
- Isto mesmo Pedro, vai lá amigão – se tem vontade, deve fazer!
- Tem meu total apoio, qualquer coisa jogamos uma corda pra rebocar você!
Pedro ainda meio vacilante por entre o burburinho, joga uma perna sobre a alta borda do barco, e depois a outra, e inicia uma caminhada de vários passos, sob o admirado e incrédulo olhar de todos. Era como se caminhasse sobre um duro solo. Sabemos o desfeche que no fim desse feliz e inédito trajeto, encontra a face alegre do bom Amigo que nunca diz, "você é muito ousado, foi longe demais"!
Todos nós, de algum modo, não somos muito diferentes de Pedro, procuramos o Mestre quando somos acometidos de grande angústia e muita aflição. Em dado momento abrimos nossos olhos da razão e deixamos para trás a falsa segurança que tínhamos em nossas boas ações, obras de caridade, atitudes filantrópicas... Passamos a entender que a nossa conduta não pode nos livrar, e assim, lançamos nosso olhar desesperado, estendemos as nossas tremulas mãos e nos agarramos ao SENHOR.
Torna-se evidente que todas as obras excelentes do planeta são insuficientes, inoperantes e inúteis quando colocadas diante Daquele que é irrepreensível.
"O que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé" (Filipenses 3.7-9).

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