Feliz
é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa
da vida que Deus prometeu aos que o amam.
Tiago
1.12
"Para
que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é
provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, quando Jesus Cristo
for revelado" (1 Pedro 1.7).
Muitas
são as vezes em que ao nosso ver Deus demora em atender-nos, mas é
propositadamente; e podemos entender que tanto é resposta a delonga, como a
bênção solicitada, quando alcançada.
E
se bem observarmos, na vida de quase todos os personagens expressivos da
Bíblia, Deus operou bem assim – Abraão, Moisés, Elias, José, Paulo... não eram
grandes nomes no começo, mas se tornaram destaques e referencial através da
disciplina de sua fé, e foi mediante isto que se tornaram idôneos e aptos para
ocupar a posição a que o SENHOR os designara.
De José
por exemplo, que o SENHOR estava preparando para ocupar o trono do Egito, para
suprir a necessidade do Seu povo no tempo de escassez que viria, podemos ler
nos Salmos: "A Palavra do SENHOR o provou".
Sim,
podemos claramente entender que não foram apenas a traição dos irmãos, as
acusações infundadas da mulher de Potifar, a vida na prisão, com suas duras
camas, longas e desconfortáveis noites frias, alimentação escassa, os açoites,
castigos, a vergonha, desprezo e desmoralização pública que o provou; mas a
Palavra que Deus o havia falado ao coração na infância: que sua elevação e
honra superaria a de seus irmãos; era isto que estava sempre diante dele,
quando cada passo em sua carreira parecia tornar-se mais impossível o seu
cumprimento – ele, inocente desprezado, traído e vendido pelos próprios irmãos,
afastado do convívio familiar, acusado injustamente, estava ali preso, enquanto
que outros, cujo aprisionamento seria talvez justo, eram soltos, postos em
liberdade, deixando-o esquecido ali, a definhar sozinho, morrendo lentamente.
Essas
sim foram horas, dias, meses e anos que provaram a sua fé, período esse porém,
de crescimento, maturação, desenvolvimento espiritual, seu caráter estava sendo
forjado, delineado; e quando afinal a palavra de liberdade chegou, encontrou-o
pronto para executar a difícil tarefa de receber os irmãos transgressores,
aplacar e mitigar a fome e carência de todo aquele povo, com um amor, dedicação
e paciência só suplantados pelo zelo e cuidados divinos.
Sem
dúvida alguma nem mesmo as perseguições nos provam tanto, como experiências de
campo feito essas. Sim, quando Deus nos fala de um propósito Seu, e os dias se
passam sem que Ele o cumpra, como somos imediatistas, esse tempo de espera é
muito difícil, torna-se um verdadeiro suplício. Mas essa espera faz parte da disciplina
da fé, a qual nos conduzirá a um conhecimento de Deus que não chegaríamos de
nenhuma outra maneira.
"O
crisol é para a prata e o forno é para o ouro, mas o Senhor prova o
coração" (Provérbios 17.3).
"Nisso
vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos
por todo tipo de provação.
Assim
acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa
do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará
em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado" (1 Pedro
1.6,7).
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