Empenhem-se

 

Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.

                                       2 Pedro 1.5-7

No momento em que o apóstolo Pedro escreveu esta Epístola, encontrava-se em profunda tensão. Logo adiante lemos sua expectativa de morte muito breve (2 Pedro 1.14). Embora fosse um escolhido de Deus, via-se sempre entre os mortais, colocado como um servo. Por mais elevada que seja a posição de um mortal, a comparação entre ele e Deus é sempre um enorme contraste.

A carta começa com promessas, que eram de cunho absolutamente espiritual; mas, quão felizes são os destinatários dessas promessas espirituais! Quando as temos, as materiais tornam-se irrelevantes e supérfluas. A justiça do nosso Deus, SENHOR e Salvador, Jesus Cristo, é tida como preciosa exatamente por nos outorgar promessas da parte de Deus. No Antigo Testamento, as promessas vindas da Aliança entre Deus e Abraão eram extremamente valorizadas.

A seguir temos a promessa de Deus nos conceder tudo que se relaciona a uma vida piedosa, unida, comprometida num estreito relacionamento com Ele e com a Sua natureza divina, e é nessa direção que o cristão caminha.

O apóstolo faz uma recomendação aos herdeiros dessas promessas espirituais. Eles se distinguem pela fé na justiça de Deus, portanto deveriam prosseguir buscando acrescentar algumas virtudes a essa fé. São elas: perseverança, domínio próprio, conhecimento e, finalmente, a coroa das virtudes: fraternidade ou amor fraternal. Possuir essas virtudes aproxima-nos do caráter divino, daí a palavra "piedade". Ela remete a uma profunda comunhão com Deus. A diferença que as pessoas herdeiras dessas promessas farão neste mundo é fundamental e significativamente importante.

Sem cristãos, este mundo seria bem mais triste. A presença da Igreja, o Corpo de Cristo, neste mundo é a causa de Deus ainda o preservar. Os cristãos, portanto, são seus mantenedores. Ainda que não entendamos a profundidade e relevância no papel que os filhos de Deus representam espiritualmente neste mundo físico, ele é de suma importância! Afinal, somos escolhidos para fazer a diferença, precisamos cumprir esse glorioso destino. Em Cristo Jesus, Deus tornou-Se parecido conosco, para nós podermos ficar parecidos com Ele.