O mundo comemora com festas seu nascimento,
mas desconhece a pureza de seu interior.
Analisar sua grandeza, meditar em seus conceitos nos faz enxergar nossa pequenez, quão vulneráveis somos diante de sua insondável plenitude. Que homem é esse que
investe tudo o que tem no ser humano, mesmo quando este o decepciona ao máximo?
Que inteligência é essa que, no meio de tantas atividades, em meio a rudeza que o cerca é capaz de deter-se
diante de uma flor e fazer dela um espetáculo para os olhos? Só mesmo quem a criou...
Que personalidade é essa
que teve a coragem de exaltar prostitutas e dizer que elas precederiam no reino
dos céus renomados religiosos de conduta aparentemente ilibada? Sua
sensibilidade era provocadora. Ele conseguia enxergar os seres humanos através
de seus próprios olhos, como nenhum ser jamais fez. Era capaz de abraçar
um leproso e tratar as feridas do desprezo e da alienação social sem que o
doente o pedisse. Era impossível ficar ao seu lado sem derrubar preconceitos e
refazer paradigmas sociais. A luz que emana Dele expõe as trevas de toda alma que Dele se aproxima, e cura e restaura e transforma e atrai.
Como um oleiro trabalha em sua obra de arte ele elevou o padrão da humanidade de seus discípulos, levando-os a aprender, em
primeiro lugar, que o ser humano que erra é mais importante do que os erros que
comete. Em segundo, que a solidariedade só existe quando temos o direito de
recomeçar tudo após falharmos e quando damos este mesmo direito às pessoas que
nos frustram. Em terceiro lugar, que só há liberdade plena em um lugar - dentro
de nós mesmos -, e somos livres apenas quando a encontramos. É no território de nossa mente que as batalhas são travadas, e só após nos rendermos ao grande amor do Pai e entregarmos tudo a Ele é que a paz que excede todo o entendimento vem nos inundar e encher as nossas vidas até contagiar nosso ambiente.
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