sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Acordos Permanentes

Aliança de Sal

Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tendes sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.
                   
                   Marcos 9.50

Há dois mil anos, o Império Romano pagava os seus soldados com sal. O documento que permitia a retirada de uma determinada quantidade de sal dos estoques imperiais tinha o nome latino de “salarium”, o que gerou a palavra “salário” em português. Desde os dias de Roma até hoje, quando nos referimos a um trabalhador que não cumpre os seus deveres de modo adequado, dizemos que “ele não faz jus ao seu salário”.
Em dois momentos no Antigo Testamento, os acordos entre Deus e os homens são chamados de “uma aliança de sal”.
A determinação de que todas as ofertas levadas ao tabernáculo pertenciam aos levitas é chamada de “aliança perpétua de sal perante o SENHOR” (Números 18.19). O rei Abias se refere à aliança davídica como “uma aliança de sal” (2 Crônicas 13.5). Em ambos os casos, o sal simbolizava a permanência de acordos.
Dentro do contexto bíblico, o sal representa preservação, estimulação da sede e permanência. Jesus orientou seus discípulos a serem o sal mantenedor num mundo caído (Mateus 5.13). Jesus e o apóstolo Paulo encorajam os crentes a serem o sal que dá sede e atrai as pessoas para o SENHOR (Marcos 9.50; Colossenses 4.6). O sal é um composto que não se esvai.
Quando Jesus falou do sal que perde o seu sabor (Mateus 5.13), ele estava se referindo às salinas do Mar Morto, onde o sal se transforma em um pó branco inerte. Se o verdadeiro sal sai da mistura, o que fica é inútil; na cultura judaica o sal insípido era usado no piso das casas para isolarem a umidade.
Crentes cuja obediência ao SENHOR não é genuína, se mistura com a obediência ao mundo, verão suas vidas espirituais definhar ao ponto de se tornarem totalmente impotentes, insípidos.
Quando a Bíblia refere a uma aliança de sal (Números 18.19; 2 Crônicas 13.5), está indicando a lealdade divina ao seu povo. Deus está comprometido com a preservação da promessa feita ao seu povo, com a satisfação plena da sua sede espiritual e com o estabelecimento de relações permanentes. O rei Abias, corajosamente, dá testemunho destas verdades no momento em que confrontou o exército rebelde do reino do Norte e o fez lembrar que ele era o rei por direito, conforme a aliança de sal feita com Deus (2 Crônicas 13.1-6).
Apesar da superioridade militar de Israel, Abias confiou que o SENHOR lhe daria a vitória, baseado na lealdade de Deus.
Hoje o SENHOR Jesus espera que os seus seguidores lhe sejam fieis, do mesmo modo que Ele o é. Quando a Bíblia diz “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses 4.6), está, na verdade, chamando os cristãos a se comprometerem uns com os outros, sendo sempre graciosos com todos e falando o melhor sobre cada um, e apenas o necessário, sempre com uma palavra edificante para o necessitado.

Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa! (Provérbios 15.23).

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