Aliança de Sal
Bom
é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tendes sal em
vós mesmos, e paz uns com os outros.
Marcos 9.50
Há
dois mil anos, o Império Romano pagava os seus soldados com sal. O documento
que permitia a retirada de uma determinada quantidade de sal dos estoques
imperiais tinha o nome latino de “salarium”, o que gerou a palavra “salário” em
português. Desde os dias de Roma até hoje, quando nos referimos a um
trabalhador que não cumpre os seus deveres de modo adequado, dizemos que “ele não
faz jus ao seu salário”.
Em
dois momentos no Antigo Testamento, os acordos entre Deus e os homens são
chamados de “uma aliança de sal”.
A
determinação de que todas as ofertas levadas ao tabernáculo pertenciam aos
levitas é chamada de “aliança perpétua de sal perante o SENHOR” (Números
18.19). O rei Abias se refere à aliança davídica como “uma aliança de sal” (2
Crônicas 13.5). Em ambos os casos, o sal simbolizava a permanência de acordos.
Dentro
do contexto bíblico, o sal representa preservação, estimulação da sede e
permanência. Jesus orientou seus discípulos a serem o sal mantenedor num mundo
caído (Mateus 5.13). Jesus e o apóstolo Paulo encorajam os crentes a serem o
sal que dá sede e atrai as pessoas para o SENHOR (Marcos 9.50; Colossenses
4.6). O sal é um composto que não se esvai.
Quando
Jesus falou do sal que perde o seu sabor (Mateus 5.13), ele estava se referindo
às salinas do Mar Morto, onde o sal se transforma em um pó branco inerte. Se o
verdadeiro sal sai da mistura, o que fica é inútil; na cultura judaica o sal
insípido era usado no piso das casas para isolarem a umidade.
Crentes
cuja obediência ao SENHOR não é genuína, se mistura com a obediência ao mundo,
verão suas vidas espirituais definhar ao ponto de se tornarem totalmente
impotentes, insípidos.
Quando
a Bíblia refere a uma aliança de sal (Números 18.19; 2 Crônicas 13.5), está indicando
a lealdade divina ao seu povo. Deus está comprometido com a preservação da
promessa feita ao seu povo, com a satisfação plena da sua sede espiritual e com o
estabelecimento de relações permanentes. O rei Abias, corajosamente, dá
testemunho destas verdades no momento em que confrontou o exército rebelde do
reino do Norte e o fez lembrar que ele era o rei por direito, conforme a
aliança de sal feita com Deus (2 Crônicas 13.1-6).
Apesar
da superioridade militar de Israel, Abias confiou que o SENHOR lhe daria a
vitória, baseado na lealdade de Deus.
Hoje
o SENHOR Jesus espera que os seus seguidores lhe sejam fieis, do mesmo modo que
Ele o é. Quando a Bíblia diz “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada
com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses
4.6), está, na verdade, chamando os cristãos a se comprometerem uns com os
outros, sendo sempre graciosos com todos e falando o melhor sobre cada um, e
apenas o necessário, sempre com uma palavra edificante para o necessitado.
Dar resposta apropriada é motivo de alegria; e como
é bom um conselho na hora certa! (Provérbios 15.23).
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