1 Tessalonicenses
5.17
A que exatamente se refere
a palavra "orar"? Alguns eruditos fazem-na parecer capciosa, complicada,
difícil demais para o nosso raso intelecto, outros entendidos fazem-na parecer
muito abstrata, vaga demais, para o nosso entendimento simplista de dona de
casa. Há alguns que imaginam que para orar é necessário ajoelhar-se, fechar os
olhos, e declamar frases rebuscadas e eloquentes em alta e empossada voz; sem
dúvida alguma, não deixa de ser uma maneira singular de bela oração.
Entretanto, a oração é uma
prática comum, corriqueira, ao alcance de todos, desde o erudito catedrático ao
mais alienado e simples iletrado – pois em nosso entender, orar é comunicar-se
com Deus, em atitude de comunhão, intimidade, louvor, adoração e gratidão ao
Ser que nos ama e zela por nós com o cuidado de Pai. Não cremos ser necessário
fazer um curso de especialização, para aprender a nos comunicar com o nosso
Pai Celestial.
"A alguns que
confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta
parábola:
Dois homens subiram ao
templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano.
O fariseu, em pé, orava no
íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões,
corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano.
Jejuo duas vezes por
semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’.
Mas o publicano ficou à
distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus,
tem misericórdia de mim, que sou pecador’.
"Eu lhes digo que
este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem
se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado" (Lucas
18.9-14).
E se entendemos que orar é
dialogar com o Pai celestial, então podemos fazê-lo independente da posição que
estamos – de pé, joelhados em reverencia, sentados, deitados, executando nossas
tarefas diárias – a qualquer hora e em qualquer tempo – enquanto dirigimos,
caminhamos ou aguardamos em uma fila - despertamos pela manhã ou perdemos o sono
na madrugada...
O apóstolo Paulo nos sugere – "orar sem cessar" – isto
significa que mesmo enquanto executamos e desempenhamos nossas
responsabilidades, podemos muito bem manter um diálogo mental com o nosso amado
Criador.
Na verdade, a oração é um item
imprescindível, vital em nossa experiência espiritual – não há relacionamento
saudável sem a comunicação, sem o diálogo, em todas as esferas: conjugal,
profissional, social – na família, igreja, escola, no esporte, entre os
amigos... Do mesmo modo, a oração é o alimento, a nutrição que fortalece a nossa
comunicação com o SENHOR, uma forma de aproximação e de obtermos uma melhor
compreensão divina.
Quanto maior o tempo que
dedicamos à oração, maior será a nossa intimidade e comunhão com Deus, melhor
será a nossa compreensão, entendimento e visão das perspectivas sob a ótica
Dele. E isto, por sua vez, nos fortalece, dá segurança, promove a necessária
transformação à nossa disposição e atitude de enfrentamento, dá-nos mais força,
equilíbrio, sensatez e serenidade nas tomadas de decisão.
A oração pode na maioria
das vezes, não alterar muito as circunstâncias e situações exteriores, mas
transforma drasticamente o modo como as encaramos e enfrentamos – nos transmite
paz interior, serenidade, centralidade, equilíbrio, sensatez, segurança, calma
necessária nas dificuldades que surgem diante de nós e nas resoluções, administrações que precisamos executar e decisões
que precisamos tomar.
"Jesus contou aos
seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e
nunca desanimar" (Lucas 18.1).
"Dediquem-se à
oração, estejam alertas e sejam agradecidos" (Colossenses 4.2).
"Orai sem
cessar" (1 Tessalonicenses 5.17).
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