segunda-feira, 2 de março de 2015

Nossos votos são sagrados e comprometem-nos com Deus!

Quando você fizer um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. É melhor não fazer voto do que fazer e não cumprir.

                            Eclesiastes 5.4,5

Além dos primeiros frutos, dízimos, ofertas e dos dias de festa, os israelitas também faziam votos especiais ao Senhor. O voto era uma promessa ou juramento em que a pessoa oferecia algo de valor a Deus. Era considerado santo, e não podia ser quebrado nem adiado o seu cumprimento.
Ninguém era obrigado a fazer voto ao Senhor, pois era sempre um ato espontâneo. Entretanto, uma vez feito, exigia-se que o indivíduo pagasse o que havia prometido ou o valor equivalente. Se alguém fizesse o voto de dedicar uma pessoa ao SENHOR, ele podia substituí-la por uma quantia em dinheiro, conforme o estabelecido na lei mosaica (Levítico 27).
Era possível fazer voto para dedicar animais, casas e terras a Deus. Se alguém dedicasse uma casa ao SENHOR, o sacerdote julgava e estabelecia o seu preço. A casa era entregue ao SENHOR. Se o homem quisesse resgatá-la ou compra-la de volta, tinha de acrescentar um quinto de seu valor, e ela se tornava sua novamente.
Se alguém fizesse um voto de dedicar um campo comprado, que não fazia parte da herança da família, o sacerdote determinava o seu valor até o Ano do Jubileu, e a pessoa tinha de pagar o valor estabelecido naquele dia como algo santificado ao SENHOR (Levítico 27.22,23).
Jacó fez um voto ao SENHOR: se Deus o guardasse em sua viagem e lhe fornecesse alimento e roupas, ele lhe daria um décimo de tudo que possuísse (Gênesis 28.20-22).
Ana também fez um voto ao SENHOR: se Deus lhe abrisse a madre e lhe desse um filho, ela entregaria o menino a Ele, e os cabelos do menino nunca seriam cortados (1 Samuel 1.11).
O voto não podia ser feito de modo precipitado ou imprudente. Uma vez feito, a pessoa tinha de cumpri-lo, senão cometia pecado. Moisés advertiu os israelitas: "Se um de vocês fizer um voto ao SENHOR, o seu Deus, não demore a cumpri-lo, pois o SENHOR, o seu Deus, certamente lhe pedirá contas, e você será culpado de pecado se não o cumprir. Mas se você não fizer o voto, de nada será culpado. Faça tudo para cumprir o que os seus lábios prometeram, pois com a sua própria boca você fez, espontaneamente, o seu voto ao SENHOR, o seu Deus" (Deuteronômio 23.21-23).
O voto era sempre voluntário. Deus não exigia que os israelitas fizessem votos. O voto ia além do que Deus exigia. Era um meio de expressar gratidão, de pedir a Deus um favor desejado ou a libertação em tempos de sofrimento ou de perigo.
Quando alguém faz um voto, ele se compromete com Deus a cumprir o que prometeu. Se vacilar ou deixar de pagá-lo, está cometendo pecado, e a pessoa é cortada do fluxo das bênçãos de Deus.
->Observações concernentes aos votos:

1. Quando fizermos um voto a Deus, não vacilemos em pagá-lo, pois estaremos cometendo um pecado.
2. É melhor não fazer voto do que fazer e não pagá-lo.
3. Não façamos votos imprudentemente. Não sejamos inconseqüentes, pois de Deus não se zomba.
O poderoso guerreiro Jefté, quando enfrentava os amonitas, fez um voto precipitado ao SENHOR. Ele disse a Deus: "Se entregares os amonitas nas minhas mãos, aquele que estiver saindo da porta da minha casa ao meu encontro, quando eu retornar da vitória sobre os amonitas, será do SENHOR, e eu o oferecerei em holocausto" (Juízes 11.30,31).
Depois que Deus lhe entregou os inimigos e concedeu-lhe a vitória, Jefté voltou para casa. Imagine o horror no rosto dele ao ver a sua única filha vir ao seu encontro, dançando ao som dos tamborins!
Ele rasgou as suas vestes e gritou: "Ah, minha filha! Estou angustiado e desesperado por sua causa, pois fiz ao SENHOR um voto que não posso quebrar" (Juízes 11.35).
Jefté não teve escolha. Ele fizera um voto a Deus e não podia voltar atrás. Independente do custo pessoal e da angústia que sentia, ele estava comprometido com Deus e tinha de cumprir o seu voto. Deus não havia exigido nada. Ele fez o voto precipitadamente, de livre e espontânea vontade.
Depois de permitir que a sua filha lamentasse o seu destino com as amigas durante dois meses, Jefté cumpriu o seu voto.

Há algum voto que fizemos ao Senhor, que adiamos ou deixamos de cumprir? Paguemos logo, pois votos não cumpridos cortarão o fluxo das bênçãos de Deus sobre a nossa vida. 

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