Se alguém tiver recursos materiais e, vendo
seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o
amor de Deus?
1 João
3.17
O renomado escritor russo Leon Tolstói
conta que em certa ocasião, enquanto caminhava despreocupadamente pela rua,
encontrou um pedinte. O escritor solícito, enfiou as mãos no bolso em busca de
algum trocado, mas infelizmente nada encontrou – seus bolsos estavam
simplesmente vazios. Desconsertado, Tolstói se desculpou com o homem que
aguardava ansiosamente por receber algum dinheiro: - "Lamento muito meu irmão,
queira me desculpar, não tenho nenhum dinheiro para lhe oferecer".
Admirado, observou que nesse momento o
pedinte mudou o semblante, seu rosto tornou-se iluminado, e ele respondeu: - "Moço,
você já me presenteou com algo muito maior que suas moedas – você me chamou de 'irmão'".
Para a grande maioria de nós que já
desfrutamos de companheirismo, carinho, afeto, que somos rodeados de atenção,
cortesia, amigos, gentilezas todos os dias, um simples gesto de amor e bondade
não significa muita coisa, é quase que imperceptível. Mas para o que está
carente de afeição, aquele que só recebe desprezo, abandonado pelos amigos e
pela sorte, que muitas vezes são evitados; um simples gesto de afeto é motivo
de celebração.
Temos muito mais a oferecer aos outros do
que podemos imaginar. Quantas vezes estamos tão envolvidos em nossas próprias tarefas,
nossos afazeres, obrigações rotineiras, que negligenciamos e ignoramos
completamente a necessidade dos que nos rodeiam, fazemos pouco ou fechamos os
olhos para a dor e a aflição do próximo, em muitas ocasiões, por acharmos que
não podemos solucionar ou ajudar amenizar, atenuar ou neutralizar o sofrimento.
Esquecemos que um mero gesto de amor, compaixão, compartilharmos estendendo a
mão, ouvindo, orientando, ajudando a equacionar e dirimir as dúvidas dos menos
esclarecidos, não dependem nem envolvem ou comprometem a nossa condição
financeira ou social, não somos contaminados ao demonstrarmos ou exteriorizarmos
gestos de atenção e cordialidade aos necessitados que nos rodeiam, basta apenas
exercermos e exercitarmos a compaixão e a liberalidade e disposição do nosso
coração. Afinal de contas, é mais gratificante dar do que receber!
"Não diga ao seu próximo: "Volte
amanhã, e eu lhe darei algo", se pode ajudá-lo hoje" (Provérbios 3.28).
"Aquele que julga estar firme,
cuide-se para que não caia"! (1 Coríntios 10.12).
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