Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos
ficou impressionado.
Marcos 15.5
Uma das cenas mais impressionante e
profundamente tocante da Escritura, é esse quadro onde o Mestre permanece em
total silencio, sem responder palavra alguma diante dos Seus acusadores que O
injuriavam, enxovalhavam; os quais Ele poderia ter desintegrado literalmente, tê-los feito caírem prostrados aos Seus pés com um simples olhar, com apenas um
gesto, uma só palavra de reprimenda. Mas Ele os deixou falar e o pior, concluírem,
executarem cabalmente seus maus desígnios, mesmo ciente de tudo o que O
aguardava, sem qualquer objeção, permaneceu ali na submissão e no completo
silencio de Deus – o mudo Cordeiro Pascal!
Verdadeiramente há um silêncio atuante que
permite Deus operar por nós. O silencio obediente e humilde que cala e amordaça
o grito cego da razão própria, da justiça a qualquer preço, que baixa a guarda, cessa os planos
e projetos carnais, deixa de lado a auto reivindicação, auto piedade, autocomiseração,
argumentações, reclamações, explicações inúteis; juntamente com os recursos de
sabedoria, entendimento, expectativas e previsões humanas... E deposita tudo
nas sábias mãos de Deus, permite assim que Ele proveja, julgue e responda ao
golpe cruel, a injustiça, traição, calúnia... Segundo Sua própria ótica, o Seu amor
fiel e infalível.
Vezes sem conta deixamos escapar a justiça
e a intervenção de Deus, por precipitação e imaturidade espiritual;
impulsivamente sem estarmos preparados, tomamos nas mãos e queremos legislar em
causa própria e incompetentemente avançamos em nossa defesa, colocando tudo a
perder.
Que o SENHOR nosso Deus tenha misericórdia,
perdoe aos nossos deslizes e pequenez, nossa insegurança e falta de confiança em
Sua justiça, zelo e amor por nós – (jamais faríamos melhor do Ele por nós
mesmos), que nos dê equilíbrio, sensatez, maturidade espiritual, mansidão, ensina-nos
a aguardar o Seu agir silenciosamente assim como nosso Mestre Jesus.
"Ele foi oprimido e afligido, contudo
não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma
ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca"
(Isaías 53.7).
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