Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste
no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e
admirável.
Salmos 139.13,14
Há sempre um velho pulôver no armário, surrado
pelo uso, bastante “démodé”... Certamente poderíamos doá-lo em alguma campanha
de inverno, não fosse o valor sentimental e o carinho que nos impede de
fazê-lo. Sim, porque é o resultado do esforço extra de uma mãe virtuosa, que
incansavelmente nas noites frias o teceu carinhosamente, demonstrando seu zelo
e afeto, passando e repassando os fios por entre os dedos já cansados pela lida
domestica, escolhendo cores, tons e pontos...
Torna-se precioso e único, mesmo que
simples, não por sua função em si mesmo, mas por quem gentilmente o
confeccionou.
Seria mais ou menos assim o pensamento do
salmista quando cita os versículos acima? Sim, porque se refletirmos no que ele
afirma, entendemos que não somos obra do acaso, não somos um acidente de
percurso, resultantes de uma produção em série de uma linha de montagem qualquer...
Não, não. Fomos planejados, propositalmente
arquitetados com uma finalidade específica, com características, talentos e
dons individuais e colocados na terra, exatamente e estrategicamente no país,
estado, cidade, bairro, rua, casa, família, sociedade, escola, amigos....Tudo
muito bem planejado e idealizado pelo nosso Criador.
Embora vivemos em uma sociedade onde o “ter”
é preponderante e o “ser” é segundo plano, onde somos valorizados de acordo com
o saldo bancário, ou pela casa, trabalho, carro, corpo, silhueta, bíceps, que
exibimos; ainda assim ninguém escapa dos planos e propósitos de Deus. Verdade é
que somos resultantes do imensurável e inexplicável amor de Deus e isto são graça
e razão de júbilo.
"Os teus olhos viram o meu embrião;
todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de
qualquer deles existir. Como são preciosos para mim os teus pensamentos, ó
Deus! Como é grande a soma deles"! (Salmos 139.16,17)
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