Então Jesus foi levado pelo Espírito ao
deserto, para ser tentado pelo Diabo. Depois de jejuar quarenta dias e quarenta
noites, teve fome. O tentador aproximou-se dele e disse: Se és o Filho de Deus,
manda que estas pedras se transformem em pães.
Jesus respondeu: Está escrito: Nem só de
pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.
Então o Diabo o levou a cidade santa,
colocou-o na parte mais alta do templo e lhe disse: Se és o Filho de Deus,
joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a seu
respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma
pedra. Jesus lhe respondeu: Também está escrito: Não ponha à prova o Senhor, o
seu Deus.
Depois, o Diabo o levou a um monte muito
alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: Tudo
isto te darei, se te prostrares e me adorares. Jesus lhe disse: Retire-se,
Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus, só a ele preste culto.
Mateus 4.1-10
Como um guerreiro poderoso que enfrenta o
inimigo em combate, Jesus lutou bravamente contra Satanás. As poderosas palavras que
proferiu eram armas terríveis, que acertaram o alvo e repeliram Satanás.
Um dos maiores embates entre Jesus e o
Diabo ocorreu no início do Seu ministério. Nessa batalha, registrada em Mateus quatro,
Jesus nos mostra como enfrentar Satanás em cada provação, tentação ou ataque e
como obter a vitória completa.
Após o batismo no rio Jordão, Jesus foi
levado pelo Espírito até o deserto, onde passou quarenta dias orando e jejuando
em comunhão com Deus, buscando direcionamento divino e preparando-se para a
obra que fora chamado a realizar. Durante esse período no deserto, Satanás
apareceu para enfrentá-lo. Não sabemos exatamente como isso ocorreu, mas é
certo que o Diabo reconheceu Jesus. Ali, diante dele, em forma humana, estava o
Filho do Deus Todo-Poderoso, que estivera com o Criador desde o principio e
assistira a cena em que Satanás fora expulso do céu.
O Diabo sabia que Jesus fora enviado e
comissionado por Deus para derrotá-lo. Portanto tentaria por todas as maneiras
detê-Lo, impedindo-O de cumprir a vontade do Pai.
Jesus sabia quem era Satanás e por que ele
estava ali, sabia que o seu adversário era enganador e mentiroso e que viera
para tentá-lo a pecar contra Deus. Não foi um encontro casual, e Jesus não foi
apanhado de surpresa, Ele estava preparado. Sabia que era o Filho de Deus e
tinha certeza de que fora chamado para derrotar Satanás. Cristo estava convicto
de que fora ungido com o poder do Espírito Santo, estava ciente de que possuía
poder e autoridade do Deus Todo-Poderoso e que todo o céu O apoiava. "Até
aos espíritos imundos ele dá ordens com autoridade e poder, e eles saem!"
(Lucas 4.36).
O termo grego traduzido como
"autoridade" significa "exercer poder". "Poder"
vem do vocábulo grego "dunamis", que representa o poder miraculoso de Deus.
Juntas, essas palavras transmitem a ideia de "direito de exercer o poder
miraculoso de Deus".
Satanás atacou Jesus três vezes, tentando-O
a pecar contra o Pai, em todas elas, Jesus exerceu a Sua autoridade sobre o
Diabo, declarando a Palavra de Deus. Inicialmente, por saber que Jesus estava
faminto, Satanás desafiou-O a provar que era o Filho de Deus, e transformar uma
pedra em pão. Mas seu intento foi frustrado, Jesus o rebateu precisamente com
um golpe certeiro.
Novamente o Diabo desafiou a Jesus, agora
para que se lançasse do pináculo do Templo, para que os anjos O socorressem
provando assim que era o Filho de Deus. Cristo mais uma vez o repeliu e
desarmou-o.
Sem se dar por vencido, em uma última
tentativa, Satanás prometeu dar a Jesus todos os reinos do mundo, se prostrado
Se curvasse e o adorasse, tentando seduzi-Lo pelo poder. Cristo sabia que o
Diabo é mentiroso e enganador. Assim, colocou-o em seu devido lugar e novamente
o repreendeu e o expulsou: "Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o
SENHOR, o seu Deus, e só a Ele preste culto" (v.10).
Por Jesus ter declarado a Palavra de Deus
com conhecimento, precisão e autoridade o Diabo foi obrigado a fugir e bater em
retirada.
"Embora vivamos como homens, não
lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são
humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.
Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de
Deus", (2 Coríntios 10.3-5).
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