sábado, 13 de dezembro de 2014

Confiança incondicional em Deus

Havia se passado aproximadamente dois anos, desde a partida dos israelitas do Egito. Nesse período, no monte Sinai, Deus lhes dera o Tabernáculo, as leis cerimoniais e rituais e as instruções para a viagem. Então rumaram para o deserto de Parã com destino à Terra Prometida. Ao se depararem com muitas dificuldades, esqueceram-se da provisão, proteção e cuidados de Deus, a fé foi sufocada e naufragou no mar de problemas, dúvidas, temores, insegurança e incerteza; puseram-se a amaldiçoar, murmurar e a reclamar. O SENHOR os puniu pela falta de fé.  
Demonstramos a mesma falta de fé quando achamos que podemos fazer tanto (ou mais) quanto ao Deus Todo Poderoso; quando concluímos que o “nosso muito saber”, “nosso muito esforço”, “nossa dedicação”, “nossa performance”, nos conduziu ao pódio da vitória, nos levou a “ganhar almas” para Deus...
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes (Tiago 1.17).
Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo. A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos (1 Crônicas 29.11-12).
A isso João respondeu: "Uma pessoa só pode receber o que lhe é dado do céu (João 3.27).
A nossa falta de fé demonstra nossa imaturidade espiritual, o quanto desconhecemos e ignoramos a grandeza, a dimensão de nosso Deus diante de nossa pequenez, insegurança, desconfiança do poder e capacidade Dele, e isto O entristece terrivelmente, fere, magoa o seu amoroso coração de zeloso Pai.
Olhamos o saldo de nossa conta corrente e se está positivo dizemos: “Em Deus confiamos”. Confiar Nele para o que exatamente? Guardar-nos dos assaltos? Fazer-nos prósperos? Manter nossa posição de poderio e liderança sobre os outros mortais? Os soldados revolucionários costumavam dizer: “Confie em Deus, mas mantenha sua pólvora seca”. Hoje, como nação, estamos mais autoconfiantes (ao mantermos seca a nossa pólvora), que confiados em Deus. É desta maneira que confiamos Nele?
Nosso Deus é digno de nossa confiança? Em tempos de angústia e necessidade, nas tormentas e tempestades, nos momentos de desespero e aflição podemos contar com Ele? Ele tem estrutura para cumprir o que promete? Temos base sólida para crermos e descansarmos em suas promessas? Ele cumpre com sua Palavra? Corremos o risco de sermos esquecidos ou estarmos fora de seu alcance em algum momento? Há algum fator limitante para o nosso Deus?  Alguma força ou poder capaz de contê-lo, atrasá-lo, detê-lo ou impedi-lo de atuar? Haveria algo capaz de surpreendê-lo ou admirá-lo, amedrontá-lo, enganá-lo, confundi-lo ou assustá-lo? 

“Ai daquele que contende com seu Criador, daquele que não passa de um caco entre os cacos no chão. Acaso o barro pode dizer ao oleiro: O que você está fazendo? Será que a obra que você faz pode dizer: Ele não tem mãos?” (Isaías 45.9).
"Não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno"(Mateus 10.28).
"Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados"(Mateus 10.30).

Podemos seguramente confiar e descansar em nosso Deus, Ele é SENHOR sobre tudo e sobre todos, nenhum poder ou autoridade pode contender ou sobrepor a Ele, embora na maioria das vezes podemos não ter uma evidência da sua presença e poder, sabemos que Ele está no controle e nada escapa do seu olhar. Oremos para que nos dê sabedoria para Nele descansar e confiar em todas as circunstâncias que atravessarmos, pois só Ele pode todas as coisas.

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