terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O Purificador de coração

A refinaria de óleo faz pelo petróleo o que nosso coração deveria fazer por nós. Ela descarta o que é ruim, e aproveita o que é bom.
Pensamos no coração como a sede das emoções; falamos de “palpitações”, “angústias”, “corações partidos”...
Mas quando Jesus declarou “Bem aventurado os limpos de coração” (Mateus 5.8), falava de um contexto diferente. Para seus ouvintes, o coração era a totalidade da pessoa interior – a torre de controle, a cabine de comando. O coração era tido como a sede do caráter – a origem dos desejos, das afeições, percepções, pensamentos, raciocínio, imaginação, consciência, intenções, propósito, vontade e fé.
Salomão sabiamente nos admoesta: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Provérbios 4.23).
Para a mente hebréia, o coração é como o trevo de uma auto-estrada, para onde convergem todas as emoções, preconceitos, idéias pré-concebidas, sabedorias. É como uma grande casa que recebe veículos de frete, lotados de mau-humor, amarguras, tristezas, ressentimentos, emoções e convicções mortas, e os põe na trilha, no rumo certo.
E tal como o óleo de baixa categoria, saturado ou o combustível misturado, não genuíno, leva-nos a questionar o desempenho de uma usina, uma refinaria, os maus atos e pensamentos impuros levam-nos a questionar a condição de nosso coração...
O coração é o centro, espinha dorsal da vida espiritual. Se o fruto de uma árvore é ruim, não tentamos tratar o fruto; tratamos as raízes. E se nossas ações são más, não basta mudarmos os hábitos é necessário irmos mais fundo. É preciso irmos ao coração do problema, que é o problema do coração...A declaração de Jesus é o remédio eficaz: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.

Observemos a ordem desta afirmativa – primeiro, purifiquemos o coração, e então veremos a Deus. Só Ele pode curar todas as dores e nos proporcionar a paz que excede o entendimento humano.

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