Havia
se passado aproximadamente dois anos, desde a partida dos israelitas do Egito.
Nesse período, no monte Sinai, Deus lhes dera o Tabernáculo, as leis
cerimoniais e rituais e as instruções para a viagem. Então rumaram para o
deserto de Parã com destino à Terra Prometida. Ao se depararem com muitas
dificuldades, esqueceram-se da provisão, proteção e cuidados de Deus, a fé foi
sufocada e naufragou no mar de problemas, dúvidas, temores, insegurança e
incerteza; puseram-se a amaldiçoar, murmurar e a reclamar. O SENHOR os puniu
pela falta de fé.
Demonstramos
a mesma falta de fé quando achamos que podemos fazer tanto (ou mais) quanto ao
Deus Todo Poderoso; quando concluímos que o “nosso muito saber”, “nosso muito
esforço”, “nossa dedicação”, “nossa performance”, nos conduziu ao pódio da
vitória, nos levou a “ganhar almas” para Deus...
Toda
boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não
muda como sombras inconstantes (Tiago 1.17).
Teus,
ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois
tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás
acima de tudo. A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas.
Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e dar força a todos (1
Crônicas 29.11-12).
A
isso João respondeu: "Uma pessoa só pode receber o que lhe é dado do céu (João
3.27).
A
nossa falta de fé demonstra nossa imaturidade espiritual, o quanto
desconhecemos e ignoramos a grandeza, a dimensão de nosso Deus diante de nossa
pequenez, insegurança, desconfiança do poder e capacidade Dele, e isto O
entristece terrivelmente, fere, magoa o seu amoroso coração de zeloso Pai.
Olhamos
o saldo de nossa conta corrente e se está positivo dizemos: “Em Deus confiamos”.
Confiar Nele para o que exatamente? Guardar-nos dos assaltos? Fazer-nos
prósperos? Manter nossa posição de poderio e liderança sobre os outros mortais?
Os soldados revolucionários costumavam dizer: “Confie em Deus, mas mantenha sua
pólvora seca”. Hoje, como nação, estamos mais autoconfiantes (ao mantermos seca
a nossa pólvora), que confiados em Deus. É desta maneira que confiamos Nele?
Nosso
Deus é digno de nossa confiança? Em tempos de angústia e necessidade, nas
tormentas e tempestades, nos momentos de desespero e aflição podemos contar com
Ele? Ele tem estrutura para cumprir o que promete? Temos base sólida para
crermos e descansarmos em suas promessas? Ele cumpre com sua Palavra? Corremos
o risco de sermos esquecidos ou estarmos fora de seu alcance em algum momento?
Há algum fator limitante para o nosso Deus?
Alguma força ou poder capaz de contê-lo, atrasá-lo, detê-lo ou impedi-lo
de atuar? Haveria algo capaz de surpreendê-lo ou admirá-lo, amedrontá-lo, enganá-lo, confundi-lo ou assustá-lo?
“Ai
daquele que contende com seu Criador, daquele que não passa de um caco entre os
cacos no chão. Acaso o barro pode dizer ao oleiro: O que você está fazendo?
Será que a obra que você faz pode dizer: Ele não tem mãos?” (Isaías 45.9).
"Não
tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham
medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno"(Mateus
10.28).
"Até
os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados"(Mateus 10.30).
Podemos
seguramente confiar e descansar em nosso Deus, Ele é SENHOR sobre tudo e sobre
todos, nenhum poder ou autoridade pode contender ou sobrepor a Ele, embora na
maioria das vezes podemos não ter uma evidência da sua presença e poder, sabemos
que Ele está no controle e nada escapa do seu olhar. Oremos para que nos dê
sabedoria para Nele descansar e confiar em todas as circunstâncias que atravessarmos, pois só Ele pode todas as coisas.
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