segunda-feira, 26 de junho de 2017

Tomai alento!


Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes.
Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, mas antes seja curado.

                                  Hebreus 12.12,13

Deus nos dirige aqui uma Palavra de encorajamento, incentivando e nos motivando a levantarmos as mãos operadoras e batalhadoras, as vozes da fé em súplica e clamor genuíno, firmarmos nossos joelhos em prostração, curvarmos em reverencia, fervor e contrita oração. Muitas vezes nos desgastamos na luta, os embates nos esgota física, emocional e espiritualmente, a nossa fé esmorece, cansa-se, afrouxa-se e a nossa oração se torna vazia, balbuciamos e articulamos frases soltas sem nexo, eficácia ou força.
O versículo parece sugerir que desanimamos e fragilizados tememos enfrentar qualquer pequenino obstáculo ou inconveniência que surge em nosso caminho – ficamos logo deprimidos, desencorajados, encolhemos assustados, tentamos contornar e dar a volta ao longe para desviarmos dos empecilhos, buscamos sempre uma saída mais fácil, mais conveniente e oportuna para evitarmos o desgaste.
Muitas vezes, trata-se apenas de uma simples perturbação física, um mero mal-estar, uma pequenina indisposição momentânea, que Deus está pronto a solucionar e curar, mas a oração da fé, a nossa expectativa e controle emocional exigiria desgaste de energia e então talvez seja bem mais fácil buscar auxílio humano, algum recurso paliativo caseiro, ou contornar o problema de alguma maneira que nos é peculiar.
Temos sempre diferentes e variadas maneiras de contornar as situações delicadas e difíceis ao invés de encara-las de frente. Sim, quantas vezes surge um obstáculo que nos amedronta e assusta, e protelamos logo com a desculpa: "Xiii! Logo agora!!! Não estou preparado para isso"!... É uma procrastinação, uma renuncia, deixar de lado, empurrar para mais tarde ou encarar e enfrentar o que é esperado e exigido de nós – talvez seja a nossa Jericó que precisa ser tomada, ou quem sabe seja uma alma por cuja salvação não nos sentimos aptos, nem a altura, nem com coragem o suficiente para pagar o preço de lutar em jejum e oração até alcançar a vitória, ou ainda algo em que temos que perseverar em intensa e constante oração, exigindo de nós um tempo extra em comunhão, intimidade e santificação até a obtenção de uma resposta que não é imediata e sim a longo prazo.
Deus orienta: "Fortalecei as mãos cansadas e os joelhos trôpegos"!
É preciso tomar alento, pois o nosso descanso não é aqui – tiremos o nosso foco do obstáculo, ignoremos o cansaço e o desanimo; marchemos contra o mar e ele se fenderá em dois, é necessário que prossigamos na tormenta ou calmaria, sob frio ou calor, necessitamos concluir a jornada, transportarmos a carga preciosa, alcançarmos o porto seguro e estarmos de pé diante Daquele que nos convocou.

Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. (Êxodo 14.15.)

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