Portanto, fortaleçam as mãos enfraquecidas
e os joelhos vacilantes.
Façam caminhos retos para os seus pés, para
que o manco não se desvie, mas antes seja curado.
Hebreus
12.12,13
Deus nos dirige aqui uma Palavra de encorajamento,
incentivando e nos motivando a levantarmos as mãos operadoras e batalhadoras,
as vozes da fé em súplica e clamor genuíno, firmarmos nossos joelhos em
prostração, curvarmos em reverencia, fervor e contrita oração. Muitas vezes nos
desgastamos na luta, os embates nos esgota física, emocional e espiritualmente,
a nossa fé esmorece, cansa-se, afrouxa-se e a nossa oração se torna vazia,
balbuciamos e articulamos frases soltas sem nexo, eficácia ou força.
O versículo parece sugerir que desanimamos
e fragilizados tememos enfrentar qualquer pequenino obstáculo ou inconveniência
que surge em nosso caminho – ficamos logo deprimidos, desencorajados,
encolhemos assustados, tentamos contornar e dar a volta ao longe para
desviarmos dos empecilhos, buscamos sempre uma saída mais fácil, mais
conveniente e oportuna para evitarmos o desgaste.
Muitas vezes, trata-se apenas de uma
simples perturbação física, um mero mal-estar, uma pequenina indisposição momentânea,
que Deus está pronto a solucionar e curar, mas a oração da fé, a nossa
expectativa e controle emocional exigiria desgaste de energia e então talvez
seja bem mais fácil buscar auxílio humano, algum recurso paliativo caseiro, ou
contornar o problema de alguma maneira que nos é peculiar.
Temos sempre diferentes e variadas maneiras
de contornar as situações delicadas e difíceis ao invés de encara-las de
frente. Sim, quantas vezes surge um obstáculo que nos amedronta e assusta, e
protelamos logo com a desculpa: "Xiii! Logo agora!!! Não estou preparado para
isso"!... É uma procrastinação, uma renuncia, deixar de lado, empurrar para mais
tarde ou encarar e enfrentar o que é esperado e exigido de nós – talvez seja a
nossa Jericó que precisa ser tomada, ou quem sabe seja uma alma por cuja
salvação não nos sentimos aptos, nem a altura, nem com coragem o suficiente
para pagar o preço de lutar em jejum e oração até alcançar a vitória, ou ainda
algo em que temos que perseverar em intensa e constante oração, exigindo de nós
um tempo extra em comunhão, intimidade e santificação até a obtenção de uma
resposta que não é imediata e sim a longo prazo.
Deus orienta: "Fortalecei as mãos cansadas e
os joelhos trôpegos"!
É preciso tomar alento, pois o nosso
descanso não é aqui – tiremos o nosso foco do obstáculo, ignoremos o cansaço e
o desanimo; marchemos contra o mar e ele se fenderá em dois, é necessário que prossigamos
na tormenta ou calmaria, sob frio ou calor, necessitamos concluir a jornada,
transportarmos a carga preciosa, alcançarmos o porto seguro e estarmos de pé
diante Daquele que nos convocou.
Por que clamas a mim? Dize aos filhos de
Israel que marchem. (Êxodo 14.15.)
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