Então Israel cantou esta canção:
"Brote água, ó poço! Cantem a seu respeito, a respeito do poço que os
líderes cavaram, que os nobres abriram com cetros e cajados"
Números
21.17,18
Os israelitas estavam sedentos, caminhando
sobre o árido e escaldante chão do deserto, sem nenhuma perspectiva de água. E
Deus orientou a Moisés, para que ajuntasse o povo que Ele lhes proveria a água.
Então eles se juntaram em círculos, e ali na areia tomaram seus bordões e
cavaram fundo a ardente terra, e enquanto cavavam, esperançosos entoavam o cântico
acima.
E de repente, surge um som borbulhante,
mais alegre e festivo, um brotar de água, que se torna corrente, enche o poço
até transbordar e escorrer pelo chão. Ao cavarem fundo no deserto, tocam o
curso d’água que corria nas camadas internas, alcançaram as torrentes que lá se
encontravam ocultas e adormecidas, esperando por este exato momento.
Como é gratificante esta cena, que nos fala
do rio de bênçãos de Deus, que corre pela nossa vida, através das circunstâncias
e que temos apenas que alcançar pela fé e louvor, para termos supridas as
nossas necessidades no mais árido deserto, na areia escaldante das pelejas, das
dores, das lutas, angústias, lutos, perdas e sofrimentos, nas injustiças,
ingratidões e contrariedades...
Como exatamente eles alcançaram as águas
cristalinas e frescas deste abençoado poço?
Louvando. Entoaram o cântico de fé e
esperança sobre a areia escaldante do sedente desespero, enquanto, com o bordão
da promessa, cavaram persistentemente, sem desistir.
Ainda hoje, o louvor pode perfeitamente
abrir fontes em nossos desertos; sendo que a murmuração, a autopiedade, as
reclamações e “coitadismos” só nos trará juízo.
Certamente o louvor de um contrito e devoto
coração agrada ao SENHOR; não há prova de fé tão real e verdadeira como a graça
contida e demonstrada pela gratidão e pelo reconhecimento.
Será que estamos louvando a Deus
devidamente? Estamos dando graças por Suas incontáveis bênçãos presentes, que a
maioria das vezes, nem percebemos, nem solicitamos e por isso nem nos lembramos
de expressar gratidão e reconhecimento? Será que temos nos esforçado para
sermos os filhos segundo o Seu coração? Será que temos já alcançado a grandeza
de louvá-Lo e bendize-Lo até mesmo por aquelas provações, que não passam de
pequenos corretivos Dele para nós, e que acabam por ser também bênçãos disfarçadas?
Acaso já aprendemos a louva-Lo antecipadamente pelas bênçãos que ainda não
recebemos, mas estamos convictos de que no seu tempo virão?
"Bendiga ao Senhor a minha alma!
Bendiga ao Senhor todo o meu ser! Bendiga ao Senhor a minha alma! Não se
esqueça de nenhuma de suas bênçãos"! (Salmos 103.1,2).
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