sábado, 30 de abril de 2016

Quietude após tormenta


Passamos pelo fogo e pela água, mas a um lugar de fartura nos trouxeste.

                                  Salmos 66.12

Só valoriza o descanso aquele que o obtém através das labutas. A paz conquistada após o conflito, não é como o silencio sepulcral que precede as tempestades, mas como a quietude serena que vem após os grandes temporais.
A maioria das vezes não são as pessoas prósperas, centradas e bem resolvidas que são fortes, serenas e usufruem da paz em meio ao caus. Nunca tiveram a estrutura testada, e não sabem como reagirão ante ao mais leve choque, ou diante de um grande tremedal. O marinheiro mais seguro certamente não é o que jamais enfrentou uma tempestade; este estará apto apenas para os serviços de tempo bom; quando o temporal se ergue, vai para o posto importante o veterano experimentado, que já enfrentou temporais, provou a rigidez do casco do barco, conhece sua estrutura e inteireza, os cabos e ancoras capazes de atracar as profundezas do oceano.
Quando as lutas e aflições se erguem e nos atingem pela primeira vez, nos sentimos perdidos, nossa estrutura se abala e perdemos o chão. Nossas esperanças se rompem arrastadas como barragem que não resiste a enchente e nossa segurança se vai corredeira abaixo, são arrancadas violentamente, e com elas o coração se abate, como a parreira enfraquecida e depenada pela tempestade. Mas passado o primeiro abalo sísmico, quando o compasso do coração retoma o seu ritmo, quando já somos capazes de direcionar os olhas para ao alto e exclamar:
- Graças te dou SENHOR!!!
A fé se fortalece e reúne uma vez mais a esperança enfraquecida e liga-a mais fortemente aos pés do SENHOR, e o desespero pouco a pouco cede lugar à confiança, segurança e paz que só encontramos nos braços do Pai.

"Bendigam o nosso Deus, ó povos, façam ressoar o som do seu louvor; foi ele quem preservou as nossas vidas impedindo que os nossos pés escorregassem" (Salmos 66.8,9).

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