sábado, 2 de abril de 2016

Ofertas Inaceitáveis


Assim diz o SENHOR dos Exércitos: "Faça aos sacerdotes a seguinte pergunta sobre a Lei: Se alguém levar carne consagrada na borda de suas vestes, e com elas tocar num pão, ou em algo cozido, ou em vinho, ou em azeite ou em qualquer comida, isso ficará consagrado?" Os sacerdotes responderam: "Não".
Em seguida perguntou Ageu: "Se alguém ficar impuro por tocar num cadáver e depois tocar em alguma dessas coisas, ela ficará impura"?
"Sim", responderam os sacerdotes, "ficará impura".
Ageu transmitiu esta resposta do SENHOR: "É o que acontece com este povo e com esta nação. Tudo o que fazem e tudo o que me oferecem é impuro".

                                      Ageu 2.11-14

Deus não aceitará as nossas ofertas, não importando quão generosas sejam, se as oferecermos com as mãos e corações impuros. Alguns cristãos acreditam que podem viver na carnalidade, contanto que entreguem os seus dízimos e suas ofertas. Acham que Deus receberá a sua contribuição e os abençoará que as suas ofertas e seus sacrifícios os santificarão, ainda que andem na desobediência ou tenham pecados não confessados em sua vida.
Os israelitas viviam sob um céu de bronze, pois haviam desobedecido durante a reconstrução do Templo, retendo os seus dízimos, negligenciando a Obra do SENHOR. Mas depois que Deus expôs a negligência deles para com a Casa de Deus por meio do profeta Ageu, e revelou que havia fechado os céus por causa disso, eles se arrependeram e recomeçaram a obra.
No texto em estudo, Deus fala com os israelitas novamente, dois meses após o reinício da construção, alertando-os de que tudo que eles ofereciam no altar era impuro pelo fato de eles estarem impuros.
Os sacerdotes reconheceram que a oferta de carne, que pertencia aos sacerdotes, embora fosse santa em si mesma, não poderia tornar santas as coisas que tocassem (v. 12).
Os dízimos e as ofertas, que deviam ser santos perante Deus, não santificavam o altar ou o lugar onde fossem oferecidos — e também não nos santificam, não sejamos tolos em assim pensar.
De acordo com a lei cerimonial, a pessoa considerada impura por tocar um cadáver tornava impura qualquer outra coisa que tocasse. Se estivermos impuros e com pecados não confessados em nossas vidas, as nossas ofertas e sacrifícios, serão inaceitáveis para Deus por serem impuros.
Embora eles pensassem que os sacrifícios oferecidos no altar os santificariam, desculpariam a sua negligência na edificação do Templo e, por conseguinte, removeriam a maldição que pesava sobre eles, doce ilusão... Os padrões de santificação do SENHOR estão muito mais elevados do que nossa rasa compreensão pode atingir.
Os holocaustos e sacrifícios, em vez de serem aceitos por Deus, eram-lhe detestáveis à vista. A cobiça, a autoindulgência e a desobediência dos israelitas os havia tornado impuros. Assim, eram impuros também todos os holocaustos que ofereciam, até o dia em que resolveram obedecer a Deus e recomeçar a construção do Templo.
Deus revelou que os israelitas não haviam prosperado até então porque as ofertas que apresentavam eram impuras, mas a partir daquele dia, uma vez que haviam se arrependido e mudado seus caminhos, retomando a construção, Ele abriria novamente os céus e os abençoaria: "De hoje em diante, abençoarei vocês" (v. 19).
Durante todo o seu relacionamento com Israel, Deus considerava impuras as ofertas do seu povo e recusava-se a aceitá-las quando o povo se mostrava desobediente, adorando falsos deuses. Ele advertiu, por meio de Amós: Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembleias solenes. Mesmo que vocês me tragam holocaustos e ofertas de cereal, isso não me agradará. Mesmo que me tragam as melhores ofertas de comunhão, não darei a menor atenção a elas (Amós 5.21,22).
Ele também os advertiu por meio de Isaías: "Para que me oferecem tantos sacrifícios? pergunta o SENHOR. Para mim, chega de holocaustos de carneiros e da gordura de novilhos gordos. Não tenho nenhum prazer no sangue de novilhos, de cordeiros e de bodes! Quando vocês vêm à minha presença, quem lhes pediu que pusessem os pés em meus átrios? Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para mim. Luas novas, sábados e reuniões! Não consigo suportar suas assembleias cheias de iniquidade" (Isaías 1.11-13).
"Lavem-se! Limpem-se! Removam suas más obras para longe da minha vista! Parem de fazer o mal" (Isaías 1.16).
Assim podemos concluir que há situações indicativas de quando as nossas ofertas não são santas e, portanto, inaceitáveis para Deus:
• quando não são dadas de coração, isto é, quando há motivação impura, quando tentamos barganhar com Deus, tentamos suborná-Lo;
• quando vivemos em desobediência a Deus e à sua Palavra, negligenciamos os valores do SENHOR;
• quando há impureza ou pecado inconfessado em nossa vida, acobertamos nossas falhas, empurramos para debaixo do tapete, ao invés de removermos de uma vez.
Quando devolvermos os dízimos, as ofertas e os sacrifícios a Deus, apresentemos a Ele com pureza de coração. Se houver cobiça, orgulho, inveja, desobediência ou qualquer impureza em nosso coração, a nossa oferta estará contaminada, independente de nossa liberalidade ou do valor dela, e Deus não irá aceitá-la. Por meio de Cristo, Deus providenciou um meio pelo qual nós possamos chegar diante Dele com o coração puro, pois temos a promessa: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1.9). Não temos desculpas para chegarmos diante de Deus com pecado no coração.
Examinemos o nosso coração e peçamos a Ele para que revele qualquer pecado que possa haver em nós. Confessemos e purifiquemos a nossa vida antes de tudo. Só depois ofertemos a Deus, sabendo que agora Ele a aceitará e derramará suas bênçãos e promessas sobre nos.
"Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; deem-lhe graças e bendigam o seu nome" (Salmos 100.4).

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