Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus,
santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade,
mansidão, longanimidade.
Suportem-se uns aos outros e perdoem as
queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.
Acima de tudo, porém, revistam-se do amor,
que é o elo perfeito.
Que a paz de Cristo seja o juiz em seus
corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só
corpo. E sejam agradecidos.
Habite ricamente em vocês a palavra de
Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem
salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações.
Colossenses 3.12-16
Por que Paulo usou a palavra entranhas?
Porque entranha fala de profundidade; é algo que está escondido e bem
arraigado, enraizado, sendo difícil de arrancar. Se estivermos revestidos de
entranhas de misericórdia, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, o
Espírito Santo dominará nosso ser, e nossa comunhão com nosso irmão na fé não
será algo superficial; portanto, não poderá ser abalada por qualquer lapso
humano ou desentendimento, para suportar e perdoar o outro, promovendo o
crescimento e a edificação do Corpo de Cristo.
Há ainda muitos cristãos imaturos, novos
convertidos, superficiais, que dizem: “não falo com aquele irmão porque ele
também não me cumprimentou”, ou se opõe ao outro porque o acham arrogante,
antipático, cheio de si, e saem falando mal dele para todo mundo.
Isso é cristianismo?
As vezes, aquela pessoa que imaginamos
antipática, carrancuda, mau-humorada, triste, apática, está vivenciando um
problema sério e sabe Deus, como chegou até a igreja, sabe se lá o quanto foi
trabalhoso ao Espírito Santo trazê-la até ali, a que “duras penas” ela ali chegou,
e ao invés de nos aproximarmos para tentarmos ajudá-la, darmos uma palavra de
ânimo, de conforto ou de consolo, nós cristãos imaturos e “perfeitos” que
somos, preferimos julgar, condenar, penalizar, publicar e denunciar para que os
demais também venham excluir em vez de juntar. Mas Jesus não nos constituiu ou
nos nomeou juízes uns dos outros, e na mesma proporção que julgamos seremos
julgados.
Antes, fomos chamados a crucificar nossas
paixões, corrigir nosso olhar, que só vê o que está aparente e o que nos convêm;
a amar, porque o amor é o vínculo da perfeição (Gálatas 5.24; Colossenses
3.14). Como lembrou Paulo, nós que somos “fortes” devemos suportar as fraquezas
dos fracos e não agradar a nós mesmos (Romanos 15.1).
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