Todos os caminhos do homem lhe parecem
puros, mas o Senhor avalia o espírito.
Provérbios 16.2
Desde de a antiguidade a maioria das
pessoas crêem em bênçãos e maldições. Balaque e os moabitas, por exemplo,
queriam que Balaão, o mágico, usasse sua suposta influencia com o Deus de
Israel, para amaldiçoar os israelitas, e interromper-lhes o progresso para
Canaã.
Mas, observamos que Deus avalia tanto os
motivos como as ações. As inclinações do coração de um indivíduo, como o desejo
de obter poder e dinheiro de Balaque e de Balaão, eventualmente são reveladas,
independentemente do disfarce exterior usado, mas diante de Deus tudo é claro e
patente.
Nosso caráter demonstra o que realmente
somos, comparado ao que parecemos ser. Podemos parecer generosos, mesmo quando
em nosso coração somos avarentos.
Usamos a palavra “virtude” para designar o
que é “bom caráter”, os antigos gregos a usavam para indicar “excelência”. Os
gregos distinguiam quatro virtudes principais:
1. Discernimento - a percepção,
leitura da circunstância, do momento presente. Sem discernimento tomamos
decisões incorretas, escolhas erradas. Em grande escala, a falta de
discernimento ocasiona conflitos, desencontros, desavenças, guerras...
Essa virtude é a essência do conselho de
Paulo: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação
do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).
2. Coragem – é a força
necessária para agir certo mesmo com prejuízo próprio, mesmo quando as
circunstâncias são tentadoras, e ninguém está vendo, ou as conseqüências são
dolorosas e tendemos a atenuar, aliviar para poupar-nos em detrimento de
outros.
“Somente seja forte e muito corajoso!” (Josué
1.7)
É fácil ser mãe quando o bebê sorri satisfeito
após o café da manhã; mas é preciso coragem para ser mãe quando a criança sofre
de uma deficiência progressiva e irreversível, incurável. É preciso coragem
para ser pai quando o filho só pode proporcionar tristeza, dor e vergonha para
a família...
Coragem é a capacidade para agir bem face
ao perigo que lhe ameaça a vida, a segurança, o futuro, as coisas que lhe são
queridas. O antigo Testamento é uma sinfonia de variações a coragem.
“Não tenham medo dos que matam o corpo, mas
não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a
alma como o corpo no inferno” (Mateus 10.28).
3. Temperança –
administrar, controlar, reger, ser capaz de orquestrar tudo o que vai dentro de
si. Uma pessoa moderada não se deixa influenciar pelas circunstâncias, as substâncias,
outras pessoas, antes entrega a Deus o controle e em troca, aceita a
responsabilidade genuína como um desafio do SENHOR.
Como os demais dons do Espírito, a
temperança precisa ser praticada, a fim de não ser perdida.
"Melhor é o homem paciente do que o
guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma
cidade" (Provérbios 16.32).
4. Justiça – a pessoa
com senso de justiça determina nunca favorecer alguém em detrimento de outro,
rejeita sempre o suborno, não se corrompe, não se vende.
“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e
o que o Senhor exige: Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente
com o seu Deus” (Miquéias 6.8).
Quais dessas virtudes precisam ser
fortalecidas em nós, qual é o testemunho que Deus tem dado sobre nós? Quando
nos apresentarmos perante Ele, não nos questionará sobre o quanto fomos felizes
aqui, mas nos perguntará que tipo de pessoas fomos, como administramos os dons
e as dádivas que Ele confiou em nós? Pensemos a respeito, ainda há tempo!
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