sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Revesti-vos pois...


Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade.
Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou.
Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito.
Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.
Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações.

                         Colossenses 3.12-16

Por que Paulo usou a palavra entranhas? Porque entranha fala de profundidade; é algo que está escondido e bem arraigado, enraizado, sendo difícil de arrancar. Se estivermos revestidos de entranhas de misericórdia, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, o Espírito Santo dominará nosso ser, e nossa comunhão com nosso irmão na fé não será algo superficial; portanto, não poderá ser abalada por qualquer lapso humano ou desentendimento, para suportar e perdoar o outro, promovendo o crescimento e a edificação do Corpo de Cristo.
Há ainda muitos cristãos imaturos, novos convertidos, superficiais, que dizem: “não falo com aquele irmão porque ele também não me cumprimentou”, ou se opõe ao outro porque o acham arrogante, antipático, cheio de si, e saem falando mal dele para todo mundo.
Isso é cristianismo?
As vezes, aquela pessoa que imaginamos antipática, carrancuda, mau-humorada, triste, apática, está vivenciando um problema sério e sabe Deus, como chegou até a igreja, sabe se lá o quanto foi trabalhoso ao Espírito Santo trazê-la até ali, a que “duras penas” ela ali chegou, e ao invés de nos aproximarmos para tentarmos ajudá-la, darmos uma palavra de ânimo, de conforto ou de consolo, nós cristãos imaturos e “perfeitos” que somos, preferimos julgar, condenar, penalizar, publicar e denunciar para que os demais também venham excluir em vez de juntar. Mas Jesus não nos constituiu ou nos nomeou juízes uns dos outros, e na mesma proporção que julgamos seremos julgados.

Antes, fomos chamados a crucificar nossas paixões, corrigir nosso olhar, que só vê o que está aparente e o que nos convêm; a amar, porque o amor é o vínculo da perfeição (Gálatas 5.24; Colossenses 3.14). Como lembrou Paulo, nós que somos “fortes” devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos (Romanos 15.1).

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