No vigésimo quarto dia do mês, os
israelitas se reuniram, jejuaram, vestiram pano de saco e puseram terra sobre a
cabeça. Os que eram de ascendência israelita tinham se separado de todos os
estrangeiros. Levantaram-se nos seus lugares, confessaram os seus pecados e a
maldade dos seus antepassados. Ficaram onde estavam e leram o Livro da Lei do
SENHOR, do seu Deus, durante três horas, e passaram outras três horas
confessando os seus pecados e adorando o SENHOR, o seu Deus.
"Vê, porém, que hoje somos escravos,
escravos na terra que deste aos nossos antepassados para que usufruíssem dos
seus frutos e
das outras boas coisas que ela produz. Por
causa de nossos pecados, a sua grande produção pertence aos reis que puseste
sobre nós. Eles dominam sobre nós e sobre os nossos rebanhos como bem lhes
parece. É grande a nossa angústia!
Em vista disso tudo, estamos fazendo um
acordo, por escrito, e assinado por nossos líderes, nossos levitas e nossos
sacerdotes."
Neemias 9.1-3, 36-38
Os israelitas haviam retornado do cativeiro
babilônico. O Templo fora reconstruído e dedicado a Deus. Eles celebraram a
Páscoa no Templo recém-edificado. Os levitas e sacerdotes foram purificados e
designados para as suas respectivas tarefas de acordo com a Lei.
Entretanto, apenas oitenta anos mais tarde,
quando os muros foram reedificados sob a direção de Neemias, o povo começou a
trazer novamente os seus dízimos e os primeiros frutos de suas colheitas à casa
de Deus.
No texto em estudo, lemos que todo o povo
se reuniu para ouvir a leitura do Livro da Lei. Desde a manhã até ao meio-dia,
Esdras e os levitas leram e ensinaram a Lei ao povo. Eles choraram ao descobrir
que haviam desobedecido aos mandamentos de Deus. Reconheceram publicamente a
misericórdia de Deus, confessaram os seus pecados, arrependeram-se e humilharam-se,
resignados ao juízo que Deus havia trazido sobre eles, por causa de sua
desobediência. Não tentaram se desculpar ou justificar as suas ações. Eles
apenas se arrependeram e mudaram de atitude.
Esse dia de arrependimento encerrou-se com
os israelitas renovando a aliança com Deus.
Eles uniram-se ao Senhor por um juramento e
o selaram.
Eis alguns dos compromissos assumidos com
Deus (Neemias 10):
1. De livre e espontânea vontade,
prometeram dar um terço de um siclo a cada ano para as despesas da Casa de Deus
(v.32,33).
2. Concordaram em levar os primeiros frutos
da terra e de suas árvores anualmente à Casa de Deus (v. 35-37)
3. Concordaram em levar os primogênitos de
seus filhos, de seu gado e de todos os rebanhos à Casa de Deus, aos sacerdotes
(v. 36).
4. Prometeram entregar o dízimo de todas as
suas colheitas. Um sacerdote deveria acompanhar os levitas enquanto estes
recebiam os dízimos, e os levitas tinham de entregar um décimo dos dízimos para
o depósito na Casa de Deus (v. 37,38).
A promessa deles foi: "NÃO
NEGLIGENCIAREMOS O TEMPLO DO NOSSO DEUS" (v. 39).
Hoje, com relação ao nosso dízimo, temos de
Deus a mesma ordem, o mesmo desafio e a mesma promessa.
Somos o Israel espiritual de Deus.
"Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é
meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão
é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela Lei escrita" (Romanos
2.28,29). A vontade de Deus para nós hoje é PROVISÃO TOTAL, PROSPERIDADE,
SUPRIMENTO CONTÍNUO e ABUNDÂNCIA!
A Igreja hoje, como um todo, está vivendo
sob um "céu FECHADO"! Os cristãos, em sua maioria, não vêem a
manifestação da abundância que Deus prometeu. É a vontade dEle que o Corpo de
Cristo tenha todos os recursos de que necessita para realizar a obra que Ele
lhe confiou, que é evangelizar o mundo.
Deus fez provisão para isso, por meio da
aliança com Ele.
POR QUE, então, não desfrutamos a
abundância que Deus nos proveu?
PORQUE A CASA DE DEUS ESTÁ EM RUÍNAS!
A Casa de Deus — a obra de evangelismo pelo
mundo — está abandonada e em ruínas, enquanto os cristãos estão mais
preocupados com as próprias necessidades e seus desejos. Enquanto milhões estão
morrendo sem Deus, os cristãos estão sentados em seus lares confortáveis,
desfrutando os prazeres da vida.
Estamos vivendo a colheita do tempo do fim,
e Deus planejou usar a Igreja — você e eu — para levar o Evangelho aos quatro
cantos da terra antes de Jesus voltar. Contudo, a Casa de Deus está em ruínas,
enquanto arrumamos desculpas como: "Ainda não chegou a hora de edificar a
Casa do Senhor".
A grande maioria dos cristãos hoje coloca
as suas necessidades e as de sua família à frente da obra de Deus. Como os
israelitas, tornaram-se ocupados demais construindo a própria casa,
mobiliando-a com o melhor que o dinheiro (que ELE mesmo nos permite ter) pode
comprar.
“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a
mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é
digno de mim; e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim” (Mateus
10.37-38).
Contudo, antes que o Corpo de Cristo entre
no tempo da restauração, no qual Deus abrirá as janelas do céu e as suas bênçãos
fluirão para nós, devemos chegar ao amadurecimento, maturidade espiritual,
ARREPENDIMENTO.
Temos que demonstrar nosso arrependimento
diante de Deus, assim como fez a nação de Israel. O Corpo de Cristo precisa
arrepender-se, consertar-se, prostrar-se diante de Deus e confessar que
negligenciamos a sua Casa, ou seja, a obra do Senhor pelo mundo.
Assim que o Corpo de Cristo der ouvidos à
Palavra de Deus falada por meio de seus profetas e agir com base nela, devolvendo
os dízimos e as ofertas de acordo com as diretrizes estabelecidas nas
Escrituras, as promessas de bênçãos e prosperidade serão liberadas. Os céus se
abrirão, e Deus fará com que os "tesouros das nações" fluam para o
Corpo de Cristo. A obra de Deus florescerá e crescerá. E NÃO HAVERÁ FALTA DE
NADA NA CASA DE DEUS.
Nos sentimos como se vivêssemos sob um
"céu FECHADO". Não importa o que façamos, parece nunca termos o
suficiente para suprir as nossas necessidades. É possível que não estejamos
experimentando as promessas divinas de bênçãos e prosperidade em nossa vida.
1. Consideremos os nossos caminhos.
Reavaliemos as nossas motivações e o nosso método de ofertar. Verifiquemos se
eles se alinham com a Palavra de Deus.
2. Arrependamos, humilhemo-nos e peçamos
a Deus que nos perdoe por negligenciarmos a Casa Dele e por colocarmos as nossas
necessidades e prioridades em primeiro lugar. Nossas razões são pequenas e
mesquinhas demais, nossas justiças e valores são trapos de imundície diante
Dele.
3. Purifiquemo-nos. Se não temos ofertado
conforme a Palavra de Deus ou somente oferecemos a Deus coisas secundárias e de
menor valor, peçamos a Ele que nos purifique. Então, dediquemos novamente os nossos
dízimos e nossas ofertas a Deus.
4. Assumamos um novo compromisso. Coloquemos
Deus em primeiro lugar, dando-lhe o melhor que tivermos. Sejamos fieis e
consistentes em devolvermos os nossos dízimos na casa do tesouro para que a
obra de Deus seja realizada pelo mundo todo. Da mesma maneira que queremos o
melhor de Deus, não podemos oferecer migalhas a Ele.
Depois que dermos esses passos, preparemo-nos!
Deus abrirá as janelas do céu e derramará as suas bênçãos com tamanha
abundância que não haverá espaço suficiente para acomodá-las!
Ele REPREENDERÁ o devorador, e andaremos de
acordo com a aliança firmada com Ele, vivendo o período da provisão
sobrenatural.
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