A obediência

 

Tome seu... único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes... esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu; por meio dela todos os povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu.

                                    Gênesis 22.2,17,18

De longe Abraão avistou o monte. Era preciso subi-lo; a obediência, o amor e a fé no SENHOR, eram maiores que a dor ante a ordem de sacrificar seu doce, amado e tão desejado filho. Nem uma palavra de queixa ou desesperança durante a jornada, apenas a pergunta do filho - "Pai, onde está o cordeiro para o holocausto"? e a resposta que ecoa pelos séculos como prova maior de uma fé inabalável - "O SENHOR proverá"!. Assim tornou-se Abraão o "pai da fé" por excelência, uma bênção para todas as nações!

Assim como o Moriá para Abraão, grandes provações erguem-se à nossa frente na jornada da vida, e quantas vezes não lamentamos, resmungamos e choramos questionando o porquê da dura ordem de subir tais montes, se o SENHOR já sabe que a empreitada é árdua demais para nós, e talvez não consigamos completá-la!

Antes de avistarmos, tocarmos e segurarmos o cordeiro, questio- namos a ordem de subir, como pessoas que professam, mas não provam a fé no Altíssimo. Queremos sim ser a bênção e o exemplo que Abraão foi, mas não temos disposição para subir o "Moriá" da obediência, da fé, do temor, reverência e da entrega de tudo o que somos e temos ao SENHOR. No entanto, o cristão fiel sabe que, simultaneamente à subida ao monte, o SENHOR vem com o cordeiro providencial!

Então, se faz necessário tirarmos os olhos do que fica para trás e olharmos para o alto, como quem já avista o cordeiro. Jamais subamos reclamando e medindo o tamanho do "sacrifício nosso de cada dia" que nos é ordenado. Obedeçamos com fé e sem resquícios de lamentação Àquele que por amor a nós realizou o sacrifício maior e incalculável: morrer em nosso lugar, Cordeiro do SENHOR imolado na cruz, que por direito merecíamos. Entreguemos tudo a Deus - inclusive nossas angústias – e Ele certamente tudo proverá!