domingo, 25 de fevereiro de 2018

Lapidados pela dor


Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.

                              2 Coríntios 12.10

A grande maioria de nós, antes da conversão, amamos julgar, criticar e zombar das outras pessoas. Só depois que nos tornamos seguidores do Mestre Jesus, é que isso perde a graça, percebemos que não somos perfeitos e que não fomos chamados para julgar.
"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês" (Mateus 7.1,2). 
E então de repente nos surpreendemos e até ficamos chocados ao descobrir que, somos agora os que são ridicularizados. As pessoas criticam, zombam, evitam, riem de nós por conta da nossa fé em Cristo.
Foi assim, exatamente isto o que ocorreu com Paulo, mas de uma maneira muito mais intensa. Algum tempo após sua conversão, ele começou a pregar o evangelho em Damasco, e era tão proeminente e persuasivo que os líderes religiosos passaram a odiá-lo e o queriam morto.
Pela graça divina os cristãos descobriram e elaboraram então um plano para ajudar Paulo a escapar, se safar da cilada. Eles o colocaram em um cesto e durante a noite, o transportaram por sobre o muro e o colocaram fora da cidade.
Que grande na ironia! Não havia muito tempo em que ele era o notório e temido Saulo de Tarso, perseguidor de cristãos - o caçador agora se tornou a caça, provando do seu próprio veneno.
A mudança do seu nome de Saulo para Paulo oferece uma visão da real transformação que lhe ocorreu - Paulo quer dizer "pequeno". Obviamente, agora Deus havia transformado o arrogante, orgulhoso e prepotente Paulo em um homem de humildade, moldado e lapidado pela dor e pelo sofrimento. Tal qual uma pedra bruta que se transforma num precioso diamante, bem assim foi com ele. 
Às vezes clamamos a Deus, O invocamos aflitos, desesperados para tirar de nossas vidas as circunstancias que causam tristezas, dor e sofrimento. Oramos incessantemente para que elas sejam removidas. Mas não podemos deixar de pensar que, em Deus tudo tem um propósito, e Ele pode muito bem estar usando essas lutas de nossas vidas para nos transformar, moldar e nos tornar mais semelhantes a Ele.

"Como barro nas mãos do oleiro, assim são vocês nas minhas mãos, ó comunidade de Israel" (Jeremias 18.6).

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