Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande
multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes.
Mateus 14.14
Quando Mateus afirma que Jesus expressou
compaixão pela multidão, não se referiu a uma piedade superficial, momentânea,
tipo a expressão verbalizada: “Oh, dó! Vou orar por eles”... que é nítido,
claro e evidente se tratar apenas de um sentimento circunstancial.
Não, a tradução aqui refere-se a algo mais
profundo e complexo; Mateus deixa claro e evidente que o SENHOR sentiu a dor
deles dentro de Si mesmo, condoeu-Se, absorveu para Si o sofrimento da
multidão.
Ele sentiu a frustração no manquejar do
paralítico, a agonia do cego que tateava em trevas, a dor da fome e da miséria
dos que mendigavam em busca do pão, foi tocado pelo preconceito e isolamento
imposto ao leproso, percebeu o constrangimento e a vergonha dos que cometiam
pecados, a dor dos enfermos doeu Nele também... E justamente por sentir as
dores dos presentes, e colocar-Se no lugar deles, não pode apenas contemplar,
foi movido a cura-los.
Pena - se diferencia de compaixão, o coração
compadecido sente a dor, tristeza, angustia e a necessidade do próximo – era exatamente
assim que o Mestre sentia-Se diante de todos a quem curou libertou e transformou.
"Ao ver as multidões, teve grande
compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem
pastor" (Mateus 9.36).
"Cheio de compaixão, Jesus estendeu a
mão, tocou nele e disse: Quero. Seja purificado! Imediatamente a lepra o
deixou, e ele foi purificado" (Marcos 1.41,42).
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