Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas
ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade.
João 9.31
Grande parte, ou mesmo a maioria de nossas
orações deveriam sofrer uma mudança radical. Algumas delas são palavras soltas,
necessitam de coerência, nos perdemos em meio aos pensamentos e acabamos por
divagar durante a oração... Há aquelas que são verdadeiros deserto, demonstram
claramente a nossa aridez espiritual, e há outras que são um oásis, brotam de
um coração quebrantado, contrito, temeroso... Muitas são multidões de extensas palavras,
compridas e mal finalizadas, desconexas, com pequenos e raros instantes de imersão
nas águas profundas da intimidade e comunhão com Deus.
Há aquelas em que falta a franqueza, pureza e transparência
de alma; nossos clamores são um tanto vazios de conteúdo, frases repetitivas e
sem flexibilidade, sem nenhuma envergadura. Sobra liturgia, mas falta vida, falta sensibilidade;
e por serem proferidas diariamente, tornam-se entediantes.
"Conheço as suas obras, sei que você
não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim,
porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca"
(Apocalipse 3.15,16).
Outras carecem de honestidade, são
efetuados com dúvidas no coração; questionamos-nos se orar pode alterar a situação.
-"Será mesmo que Deus pode nos
ouvir... e, atender-nos"?
-"Se Ele realmente sabe de tudo, por
que devo dizer-Lhe o ocorrido"?
-"Já que Ele é soberano e só faz o que
bem quer, por que ficar pedindo"?
-"Qual a necessidade de fazermos algo, se é
Ele quem realiza tudo em todos"?
Dissecando friamente, concluímos que as
nossas orações na maioria das vezes são verdadeiramente atrapalhadas, imaturas;
nossos esforços são realmente insuficientes, infrutíferos. Porém, a eficácia e
eficiência da oração não estão baseadas em quem a realiza, mas no SENHOR, que a
ouve; nós apenas balbuciamos palavras, e às vezes a dor é tamanha que só
conseguimos gemer e soluçar.
"Da mesma forma o Espírito nos ajuda
em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede
por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a
intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a
vontade de Deus" (Romanos 8.26,27).
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