No entanto, quando ouviu falar que Lázaro
estava doente, ficou mais dois dias onde estava.
João 11.6
O versículo anterior a este acima citado,
diz assim:
"Jesus amava Marta, a irmã dela e
Lázaro" (João 11.5).
E nos intrigamos e nos questionamos sobre
isso, pois se Deus é SENHOR sobre tudo e sobre todos, como pode permitir isso,
o sofrimento, a dor, as tristezas para aqueles que Ele ama? Concebemos a errônea
ideia de que o amor de Deus deve nos preservar e nos poupar de todo sofrimento,
dor, lágrimas, derrotas, tristezas, enfermidades, perdas e morte. Sim, são muitas as
vezes, em que nos perguntamos, mas se Deus nos ama, então porque permite...???
Mas se meditarmos um pouquinho neste versículo,
percebemos que ele nos instrui de que a base, a estrutura de todas as operações
de Deus em nós, por mais duras, indigestas, escuras e misteriosas que pareçam
ser, está o imutável e imensurável amor de Deus: grandioso, estupendo,
magnífico, infinito, imerecido, imutável...
Necessitamos entender e crer nisto de todo
o nosso coração: Na verdade, o amor permite o sofrimento. Ou a cruz seria
apenas uma ilustração fantasiosa, fruto de uma imaginação criativa.
Ao enviarem o email, o watzap para Jesus, a
irmãs não tiveram dúvidas de que Ele viria imediatamente, deixaria tudo,
ignorando os riscos, tomaria o próximo voo, não mediria esforços nem consequências para vir socorrê-las
e evitar a morte do amado irmão, arrimo daquela ilustre família; mas, “quando...soube
que estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.
Ele deixou de ir, não porque não os amasse,
mas justamente porque os amava. Foi exatamente o Seu grande amor que O impediu
de se apressar e correr em direção, em defesa, em socorro aos vulneráveis e
aflitos amigos angustiados, desesperados... Aliás, nem era necessário que Ele
fosse até lá, mesmo de onde estivesse, sem Se mover fisicamente, poderia facilmente
reverter aquela situação de dor. Se o Seu amor fosse menos infinito, teria no mesmo
instante ordenado e repreendido a enfermidade, como já havia feito em outras
ocasiões, para aliviar aqueles amados corações aflitos, finalizar a dor e
angústia daquelas almas, secar e estancar aquelas lágrimas, mudar aquele
cenário de gemido e morte.
Só o amor divino foi capaz de deter, conter
a impetuosidade da compaixão do nosso compassivo Salvador Celeste, até que o Anjo
da Dor e Morte cumprisse o seu papel, executasse e concluísse a sua missão.
Qual de nós, é capaz de mensurar o quanto
devemos à dor e ao sofrimento? Sem o trabalho, o treinamento impostos por estes
itens, teríamos bem pouca aplicação, pouca oficina para muitas das principais e
inestimáveis virtudes da vida cristã. Sim, porque onde estaria a fé, sem que
houvesse as aflições para prová-la? Como treinaríamos e aprenderíamos a
paciência, se não passássemos pelas dores que estamos sujeitos a suportar? Como
adquirir experiência, sem desenvolver o treinamento da tribulação?
Que o SENHOR ministre em nossos frágeis e
débeis corações a ousadia e intrepidez de afirmar como o salmista:
"Mesmo quando eu andar por um vale de
trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo; a tua vara e o
teu cajado me protegem" (Salmos 23.4).
Nenhum comentário:
Postar um comentário