terça-feira, 16 de agosto de 2016

Carnalidade X Espiritualidade


Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas.

                                      1 Pedro 4.10

São grandes os conflitos que enfrentamos entre o que queremos e o que Deus requer de nós. Como discernirmos nossas responsabilidades atribuídas pelo SENHOR? Sim, porque há responsabilidades que nos cabem, dadas por Deus: cônjuges, filhos, pais, irmãos, primos, parentes afins, sogros, cunhados, vizinhos, amigos, nosso círculo social, as pessoas que direta ou indiretamente dependem de nós; nada disso é por mero acaso. Tudo isso são nossa obrigação, tarefa de amor, e, por mais desagradáveis e duras que possam ser, precisamos enfrenta-las com disposição e alegria no coração. A nossa força vem do SENHOR, que nos capacita e nos reveste para tudo o que requer de nós.
Cada um de nós foi investido, dotado dos dons necessários para desempenharmos as tarefas que surgem, de maneira a ocuparmos e preenchermos devidamente o nosso nicho ao longo da nossa trajetória terrena, como uma conta no colar da história.
A administração da Igreja necessita de alguém capacitado, a direção do Instituto Educacional precisa de um novo tesoureiro, o time do bairro está sem goleiro, há uma vaga a ser preenchida na zeladoria da biblioteca... Há muitas atribuições que se identificam exatamente com o nosso talento, conhecimento, experiência, sabedoria, amor, facilidade, disposição; que muitas vezes nos torna o mais capacitado a preencher aquela vaga, o mais indicado para aquele posto ou ocupar aquele cargo.
Em caso de seleção, numa disputa acirrada de cabo de guerra, certamente a corda penderá para o melhor qualificado.
No entanto, nosso Mestre nos diz:
"Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra" (Mateus 5.5).
Em geral, presume-se que a terra é propriedade dos valentes, dos arrogantes, dos ousados. Os grandes conquistadores usurpam e sentem-se proprietários, donos da situação em qualquer circunstancia, mas a afirmativa do SENHOR acima citada, contraria este entendimento.
Porém, o termo “manso” não se refere, nem significa “fraco” ou débil, mas sim “focado”, que se domina, tem autocontrole, conhece as próprias limitações e fraquezas e sabe do que é capaz. É uma palavra usada para descrever um garanhão domesticado, que tem seu poder sob controle, sabe o momento certo, ideal de empregar e utilizar sua força.
Bem aventurados, portanto, aqueles que identificam e reconhecem as próprias responsabilidades atribuídas por Deus, e que sabedores do que devem desempenhar, se dispõe a executá-lo com maestria, destreza, dedicação e empenho.  Aqueles que reconhecem e tem a Deus como SENHOR, e que se dispõe a abrir mão dos interesses próprios em prol da causa e da Obra de Deus.
"Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra terá recompensa" (2 Crônicas 15.7).
"Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança" (Colossenses 3.23-24).


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