sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Ameaças nos espaços vazios


Não deis lugar ao diabo.

                   Efésios 4.27

É mera ilusão pensarmos na possibilidade de levarmos uma vida coxeando entre dois pensamentos, hora no mundo e suas vaidades e influencias, hora buscando a Deus e seguindo Seus conselhos. Esquecemos muitas vezes, que os valores do mundo são efêmeros, permanecem aqui, são fugazes e passageiros.
"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Mateus 6.24).
É muito difícil manter um equilíbrio saudável e sustentável em cima do muro, sobre uma corda bamba, correndo o risco de iminente queda a qualquer instante. Não podemos nos enganar crendo ser possível viver sem a direção do Espírito Santo, sem enchermos o coração completamente dos Seus frutos e, ainda assim, não sermos influenciados ou envolvidos pelo adversário.
Um antigo ditado popular nos diz: “Mente vazia, oficina do diabo”.
O apóstolo Paulo também nos exorta:
“Enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.28).
E é bem verdade porque a lei da física, que ensina que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, também vale para o mundo espiritual. Uma vez cheios do Espírito Santo e de Seus abundantes frutos, não haverá espaço para o inimigo de nossas almas ou qualquer das suas influentes ameaças. Aliás ele nem vai querer aproximar-se de nós; assim como uma luz acesa num quarto escuro, ilumina e expõe toda a treva, tudo o que está oculto torna-se aparente.
Mas isso não é garantia de que nunca sentiremos tristeza, dúvida, medo, depressão, insegurança, dor; afinal, somos humanos... Porém esses sentimentos não vão ter domínio ou criar raízes em nossos corações, pois onde o Espírito Santo habita há subsídios para crescermos e prosperarmos Nele.
"Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade" (2 Coríntios 3.17).
Se bem observarmos, os terrenos vazios acabam por tornarem-se depósito de lixo, entulhos, cobertos por matos, pragas, ratos, cobras, lagartos, aranhas, escorpiões, baratas e toda sorte de ervas daninhas e coisas inúteis...
Se nossa vida tornar-se improdutiva, desocupada demais, corremos sérios riscos de ocupá-la com pecados e atitudes, que entristecem e desagradam terrivelmente ao nosso amado Criador. Da mesma forma como mantemos nossa casa, trabalho, corpo; limpos, higienizados, cuidados com zelo e dedicação, assim devemos proceder com o nosso coração, não permitir que venham criar raízes ali, valores supérfluos, e a Palavra de Deus é a água que nos higieniza mente, alma, espírito...
"Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado" (João 15.3).
Ao final de cada dia, concluída nossa jornada diária, após revermos e repassarmos mentalmente nosso dia, num diálogo descontraído com nosso Pai Celeste, depois de limpo e higienizado nosso coração, permitamos que Seu Dono e SENHOR seja o real ocupante, justo possuidor e eterno morador; pois um espaço vazio pode ser facilmente invadido, ocupado por um inquilino impostor indesejado, e usá-lo e destiná-lo para fins escusos, bem divergentes do que daria o seu real possuidor.

"Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso, e não o encontrando, diz: ‘Voltarei para a casa de onde saí’. Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e entrando passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro" (Lucas 11.24-26).

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