segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Quem semeia em lágrimas...


O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o início.

                         Jó 42.12

Jó obteve êxito e triunfou após tremendo sofrimento, foi provado e aprovado para que sua fibra, fidelidade e grandeza ficasse definitivamente comprovada.
Não seria o caso também das nossas adversidades e tribulações, dos embates que nos cercam, destinarem-se a nos revestir das dádivas que nos são escassas? Afinal só contemplamos a vitória após o término da batalha, se lutas não são travadas como sairemos com êxito do embate? Chegamos à glória e aos louros através da dedicação, esforço, sofrimento, lágrimas e até mesmo morte...
Nosso fruto mais precioso e raro cresce sempre de encontro ao muro mais íngreme e áspero. As aflições que acometeram Jó, deixaram-no com um conceito mais alto, mais profundo, mais intimista de Deus, mas ao mesmo tempo, seu conceito próprio aniquilou-se, desceu a verdadeira compreensão do que somos realmente.
“Agora”, exclamou, “te veem os meus olhos”.
As vezes somente através da dor, perda, aflição ou sofrimento que nos achegamos ou percebemos a Deus, é que o reconhecemos e designamos o lugar destinado a Ele em nossa vida, e passamos a orar: “Cumpra-se o Seu querer em nós, SENHOR”! “Seja como Tu queres”! Quando assim ocorre, nosso proveito é inestimável; a estratégia de Deus sobre nós alcança seu objetivo.
Mesmo em meio a amarga e intensa dor, Deus deu a Jó vislumbres da glória futura, ele pôde afirmar: “Eu sei que o meu Redentor vive”. E verdadeiramente, o último estado de Jó foi muito mais abençoado que o primeiro.
Podemos estar convictos de que a tribulação nunca nos chega sem deixar o ouro que traz em suas mãos.
A momentânea e aparente tribulação se transformará em ganho, vantagem e lucro ao final, se tão somente nos dispusermos a permanecer no Caminho, sem pender para os lados, sem vacilar, esperarmos com paciência e resignação no SENHOR.
"Os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles" (2 Coríntios 4.17).
"Ainda que eu passe por angústias, tu me preservas a vida da ira dos meus inimigos; estendes a tua mão direita e me livras. O Senhor cumprirá o seu propósito para comigo"! (Salmos 138.7,8).
Se atermos um momento e observarmos os grandes vencedores: eles sempre se mantiveram firmes, dedicados, resolutos em seu trabalho, intrépidos no desempenho de suas tarefas.
"Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças... Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma, e cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pronto para tocar a trombeta" (Neemias 4.16,17,18).
Há conquistas e bênçãos que só obtemos após sermos lapidados pelo sofrimento, há alegrias que só valorizamos após a depuração da dor, há profundas revelações e verdades divinas que só são aclaradas após apagarem os holofotes faiscantes desse mundo, há grandes e fartas colheitas que só serão obtidas após o arado realizar o seu trabalho... Embora ele proporcione profundos e dolorosos sulcos e imensas cicatrizes no dorso da terra, ele revolva e incomode a superfície silenciosa, trazendo a tona o que já estava adormecido, é dessa forma que vai acomodar as sementes, que germinam e trazem uma nova esperança, nova perspectiva, o renovo brotando...
Do sofrimento angustiante têm emergido almas fortalecidas; os caracteres mais sólidos são marcados por profundas cicatrizes; mártires têm tido por vestes de coroação, mantos em chamas; e é através de lágrimas, dor e terríveis sofrimentos que muitos têm avistado as portas do céu.
"Estevão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus, e Jesus de pé, à direita de Deus", e disse: "Vejo o céu aberto e o Filho do homem de pé, à direita de Deus"

(Atos 7.55,56).
"Quem semeia em lágrimas, com júbilo ceifarão"!

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