terça-feira, 18 de abril de 2017

Firmados na Rocha


"Juro por mim mesmo", declara o Senhor, "que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu único filho, esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu".

                            Gênesis 22.16-18

E desta maneira, entendemos que ao obedecermos a voz e o chamado de Deus, entregando-Lhe o que nos é mais precioso, Ele nos restitui o bem, multiplicado em no mínimo, mil vezes.
Foi exatamente o que ocorreu com Abraão, atendendo ao pedido do SENHOR, entrega-Lhe seu único filho e herdeiro das promessas – abrindo mão da expectativa e da esperança à formação da descendência de uma linhagem nobre ao seu nome. E quando ele se dispõe a atender a reivindicação de Deus, abrindo mão do seu bem maior, o filho lhe é restituído, a família torna-se numerosa como as estrelas do céu e a areia do mar, e ainda advindo dela, na plenitude dos tempos, o próprio SENHOR Jesus Cristo.
Essa é exatamente a maneira como Deus recebe cada sacrifício de Seus filhos. Oferecemos e disponibilizamos todos nossos recursos  e aceitamos o que daí resultar, e ao contemplar nosso desprendimento e liberalidade, Ele nos envia riquezas, provisões extraordinárias, nos surpreendendo de repente. Renunciamos e declinamos em favor de alguém, a um rico e próspero campo de trabalho; e então Ele nos prepara um ainda mais gratificante, muito mais vantajoso, e com o qual jamais sonhamos. Abandonamos nossos sonhos vaidosos e consumistas, nossas mais caras expectativas e esperanças e morremos para o egocentrismo exacerbado; e Ele nos concede vida interior abundante e espontânea alegria contagiante.
O ápice, a coroa de tudo é o conhecimento e intimidade com o SENHOR Jesus Cristo.
"Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra"(Oséias 6.3).
Mas, jamais conheceremos a plenitude da vida que está em Cristo Jesus, sem entendermos e experimentarmos o supremo sacrifício de Abraão – o nosso pai terreno na fé da família de Cristo, iniciou sua jornada perdendo a si mesmo e seguidamente a seu próprio filho, como fez o Pai Celeste por amor a nós. Só seremos membros daquela família gozando de todos os privilégios, conquistas e alegrias que dela advém, em posição igualitária. Entendendo plenamente que tudo o que temos, somos, adquirimos, possuímos provem de Deus, somos apenas mordomos, até nossa vida e o ar que respiramos é uma concessão, tem tempo de validade. Não há absolutamente algo que não pertença ao SENHOR, que tudo criou.
Facilmente nos esquecemos que, a oferta que Deus recebe e toma para Si, Ele consome com fogo; e que o único caminho que leva à vida ressurreta e ao monte da ascensão passa pelo Getsêmani, pela cruz e pelo túmulo.
Não tomemos o exemplo de Abraão como único e isolado, mas sim, como ilustração e modelo do “modus operandi”, a forma como Deus lida com quem se dispõe a obedecer-Lhe, sem se importar com o alto preço a pagar. Depois de suportar pacientemente a dura prova, certamente receberá a concretização da promessa; após a superação do supremo sacrifício vem a efetivação da benção transbordante com abundancia de riqueza e indizível graça.
Deus jamais abandona o homem que ousa dar o passo da fé, ainda que humanamente pareça um passo em queda livre no vazio; pois ali mesmo, debaixo dos seus pés, ele encontrará a firmeza da Rocha que jamais se abala ou oscila.

"O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada; ainda que tropece, não cairá, pois o Senhor o toma pela mão. Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão" (Salmos 37.23,24,25).

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