O vento soprava contra ele.
Mateus 14.24
Muitas tempestades nascem dos cálidos
ventos da primavera. E eles traduzem bem algumas estações de nossas vidas. Isso
na verdade é motivo de satisfação e contentamento, pela oportunidade que nos
oferece de conhecermos e definirmos cada estação.
Sim, sem dúvida alguma é mais benéfico
atravessarmos as estações chuvosas e frias, do que permanecermos alheios e
alienados em terras amenas, insossas onde nunca parece escurecer, nem conhecem os
arrepios dos fortes ventos uivantes.
É bem verdade que a tempestade da tentação,
o temporal da dor, traição, injustiça, tristeza, revelam-se cruel, de carranca
assustadora até; porém eles promovem mais intensidade, firmeza e ardor à busca
e constância na oração. Forçosamente nos impele a firmarmos nas promessas – refinando,
portanto o nosso caráter.
É trágica, às vezes até traumática e pode
ser tremendamente dolorosa a estação do luto, nem sempre estamos preparados ou
sabemos como lidar e administrar as perdas – mas é uma fórmula infalível, um
método certeiro de o Pai nos atrair a Si mesmo; para que em nossa sensibilidade
exacerbada, no silencio da nossa introspecção; o mistério da Sua Presença, Sua
delicada e mansa voz possa calar fundo em nosso ferido coração... Há um aspecto
da glória de Deus que só conseguimos perceber e discernir em ventos contrários,
somente quando nosso barquinho é açoitado e agitado pelas fortes ondas, e
ficamos a deriva; é que conseguimos distinguir a nossa dependência e pequenez.
Nosso Mestre e SENHOR não é apenas um
abrigo seguro contra a tempestade, é também um refúgio perfeito no temporal.
Aliás, Ele não nos prometeu uma jornada fácil, mas sim uma chegada certa.
"Tenho-vos dito isto, para que em mim
tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o
mundo" (João 16.33).
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