O Soberano, o Senhor, deu-me uma língua
instruída, para conhecer a palavra que sustem o exausto. Ele me acorda manhã
após manhã, desperta meu ouvido para escutar como alguém que está sendo
ensinado. O Soberano, o Senhor, abriu os meus ouvidos, e eu não tenho sido
rebelde; eu não me afastei. Ofereci minhas costas àqueles que me batiam, meu
rosto àqueles que arrancavam minha barba; não escondi a face da zombaria e dos
cuspes. Porque o Senhor, o Soberano, me ajuda, não serei constrangido. Por isso
eu me opus firme como uma dura rocha, e sei que não ficarei decepcionado.
Aquele que defende o meu nome está perto.
Isaías 50.4-8
Para Jesus, a jornada até Jerusalém antes
de ser crucificado não foi fácil, sabia o que O aguardava, mas o interesse em
fazer a vontade do Pai O impulsionava. Quatro coisas O capacitaram a permanecer
inabalável em seu intento de cumprir a vontade de Deus:
1. Jesus tinha uma "língua
instruída" (v.4), uma língua treinada na Palavra de Deus. Jesus nada fazia
por Si mesmo. Ele falava apenas conforme o Pai Lhe ensinava. Fazia apenas as
coisas que o Pai determinava que Ele fizesse.
2. Jesus tinha os ouvidos abertos com
relação à vontade de Deus (v. 5). Ele mantinha um relacionamento íntimo com o
Pai. Estava em comunhão constante com Ele. Lia as Escrituras, jejuava e orava.
Foi por meio desse relacionamento que Deus revelou continuamente a sua vontade.
Jesus estava sempre atento, para saber a
vontade do Pai.
3. Jesus não foi rebelde, e sim obediente:
não Se afastava da vontade de Deus (v. 5). Mesmo nas horas mais dolorosas e
agonizantes de sua vida, submeteu a própria vontade a do Pai.
4. Jesus confiava que o Pai estava sempre
perto e que O faria vitorioso (v. 7). Não tinha dúvida de que Deus O ajudaria e
Lhe daria forças para resistir.
Muitas vezes, frustrados, dizemos a nós
mesmos: "Se ao menos eu conhecesse a vontade de Deus! Se Ele me mostrasse
claramente o que quer que eu faça com a minha vida, eu o faria!".
A caminho de Jerusalém, os discípulos ainda
não haviam percebido qual era a vontade de Deus, mesmo após Jesus revelá-la
claramente, porque estavam preocupados apenas com o que achavam que fosse a
vontade de Deus: que Cristo estabelecesse um reino na terra e que eles se
assentassem em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
Ao tentar conhecer a vontade de Deus para a
nossa vida, devemos primeiro ter uma idéia geral da vontade divina — o plano de
Deus para a humanidade — e só depois descobrir onde Deus quer que nos
encaixemos nesse plano.
A vontade de Deus foi revelada na vida e no
ministério de Jesus. Ele disse: "Desci dos céus, não para fazer a minha
vontade, mas para fazer a vontade daquele que me enviou" (João 6.38).
Deus queria que as obras de Satanás —
morte, roubo, destruição, pecado, enfermidade... — fossem destruídas e que o
homem fosse restaurado para ter comunhão com seu Criador. "Para isso o
Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo" (1 João
3.8).
É vontade de Deus que ninguém pereça:
"O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Ao
contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que
todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3.9).
Deseja também que o mundo se salve:
"Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que
este fosse salvo por meio dEle" (João 3.17).
Na estrada para Jerusalém, Jesus mostrou-se
firme como uma rocha em seu propósito. Estava DETERMINADO a cumprir a vontade
de Deus, independentemente do custo, foi obediente "até a morte" (Filipenses
2.8) e, quando o sangue de Jesus foi derramado, a vontade de Deus foi
confirmada e concluída, definitivamente efetivada. Quando Ele disse: “Está
consumado”, quer dizer juridicamente, não cabe mais recursos do oponente,
adversário de nossa alma.
Esta é a vontade de Deus: que todos sejam
salvos. É plano de Deus que a sua vontade seja feita aqui na terra. Ele nos
ordenou: "Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu
lhes ordenei" (Mateus 28.19,20). Essa é a vontade de Deus para a nossa
vida!
Devemos ter a determinação inabalável de
CUMPRIR a vontade de Deus, de resgatar os perdidos, independente do custo. Essa
deve ser a única força motriz por trás de todas as nossas ações. Precisamos
concentrar os nossos esforços nesse objetivo. Pois se a luz não iluminar e o
sal não salgar, para que eles servem???
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