quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Humildade premiada

 

Sim SENHOR, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.


                                       Mateus 15.27


O povo cananeu pertencia a uma etnia que, como tantas hoje, convivia com o povo local em situação de inferioridade. Aquela mulher, instigada por uma grande necessidade, busca pelo Único que pode socorrê-la.

Embora a resposta do Mestre Jesus pareça dura, foi verdadeira, honesta e legítima: Ele viera especificamente para atuar em Israel, particularmente havia sido enviado às "ovelhas perdidas", aos desvalidos e rejeitados da nação que viria a rejeitá-Lo. O que ela O pedia estava, portanto, fora do escopo da missão que tinha a cumprir. Nas circunstâncias culturais históricas, pedir socorro a um judeu já era um ato de humildade. Enxotada pelos discípulos, persiste e apresenta seu clamor, ouve uma resposta aparentemente rude, mas não desiste: humilha-se ainda mais e pede as migalhas de Suas bênçãos. Creu que o problema a seus olhos insolúvel podia ser resolvido por simples migalhas do poder do SENHOR Jesus. Não só foi atendida, mas ganhou um dos maiores elogios registrados nas Escrituras: "Mulher, grande é a tua fé"! (Mateus 15.28).

Muito ouvimos sobre reivindicar nossos direitos como filhos de Deus e questionar o atendimento de nossas petições com base nas promessas. Mas nada seríamos se o SENHOR Jesus não tivesse dado Sua vida por nós e o Pai não nos tivesse adotado por conta da Obra realizada por Ele; por amor ao SENHOR Jesus, Deus nos fez filhos amados.

É bem verdade que por causa do sacrificio de Cristo temos liberdade para chegar com ousadia perante o Trono da Graça, chamar o Deus Eterno de Pai. Mas ao fazê-lo é fundamental que tenhamos em mente que Ele não nos deve coisa alguma, mas nós sim temos uma incomensurável dívida de gratidão.

Precisamos sim é desenvolver a mesma fé desta mulher e humildemente reconhecer que não temos direito algum de exigir o quer que seja, mas que sabemos que podemos e devemos contar com a bondade, graça e misericórdia do Deus que por amor a nós ofereceu Seu próprio Filho. É necessário entendermos que a graciosa misericórdia de Deus, e não nossos direitos, é que nos atende em nossas petições.

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