quarta-feira, 11 de junho de 2025

Precisamos nos importar

 

Jesus teve compaixão deles e tocou nos olhos deles. Imediatamente eles recuperaram a visão e o seguiram.


                                       Mateus 20.34


No desenrolar de um antigo filme, um militar duro, chamado para resgatar uma médica e missionários em um país em conflito, resolve por conta própria, ampliar sua missão. O que seria uma rápida busca e retirada do meio de uma guerra civil, acaba como uma heróica jornada de confronto com rebeldes praticantes de atrocidades e o salvamento de muitos nativos assistidos pelos missionários. Frente às necessidades e à opressão, o herói se sensibiliza e por sua conta e risco estende suas ações ao maior número possível de indivíduos.

Em nossa corrida diária, nos tornamos tão endurecidos e cauterizados que quase não percebemos e nem nos sensibilizamos, diante das muitas pessoas e suas inúmeras necessidades físicas, materiais e principalmente espirituais.

Ao atentarmos para a Palavra de Deus, vemos que as coisas não mudaram muito: o Mestre Jesus deparou-Se com essa mesma realidade. Seu dia-a-dia era intenso: viagens, multidões, discípulos a ensinar, acusações a enfrentar, era até difícil conseguir ficar só, para orar. Mesmo assim vemos o SENHOR Jesus em vários momentos parar, ouvir, atender e suprir as necessidades individuais dos carentes, que cruzavam Seu caminho.

À primeira vista, eram necessidades físicas: cegueira, mudez, lepra, paralisia. Vemos então Jesus curando integralmente. O físico como porta de entrada para o espiritual. A cegueira da mente, a lepra do coração pecaminoso, a paralisia de uma vida inteira e, como vemos no versículo em destaque, as pessoas passando depois a segui-Lo.

E tão importante quanto o fruto da compaixão é a Sua motivação: um coração misericordioso, cheio de amor para com o Deus Pai e sem qualquer desejo de autopromoção: "Olhe, não conte isso a ninguém. Mas vá mostrar-se ao sacerdote e ofereça pela sua purificação os sacrificios que Moisés ordenou, para que sirva de testemunho" (Marcos 1.44).

De igual modo, seguindo este modelo, precisamos também nos manter sensíveis às necessidades básicas daqueles que nos rodeiam, nos deixar envolver para os alcançar e transformar seu caráter e coração. O filme citado acima, encerra-se com a frase abaixo, que dá muito o que pensar – "Para que o mal prevaleça basta que os bons não façam nada" (Edmund Burke).

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