quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Edifiquemos pontes


 Façam tudo com amor.

                      1 Coríntios 16.14

O amor milagrosamente atravessa barreiras intransponíveis!
Às vezes, ao compartilhamos o Evangelho, nós cristãos, sem perceber ofendemos, insultamos desnecessariamente nossos ouvintes - e isso é muito inconveniente, aliás é um desserviço para a Obra de Deus.
Já há uma ofensa natural embutida na mensagem essencial do Evangelho. Não precisamos agudizar, salientar ainda mais o que já está explicito.
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus";(Romanos 3.23).
"Estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Efésios 2.1).
"Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer. Suas gargantas são um túmulo aberto; com suas línguas enganam. Veneno de serpentes está em seus lábios" (Romanos 3.10-13).
Já foi dito: "Ninguém jamais deveria pregar sobre o tema do inferno, morte eterna, sem uma lágrima em seu olho". No entanto, alguns pregadores que falam sobre o inferno parecem até triunfantes e satisfeitos com o fato de que as pessoas estão na grande maioria, caminhando a passos largos para lá. Esquecemos de que muitos de nós, saímos de lá, estávamos nas mesmas condições - Devemos compartilhar o evangelho com compaixão e amor.
"Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados". (1 Pedro 4.8).
"Sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados" (Tiago 5.19-20).
Quando Jesus abordou a mulher samaritana, Ele não foi logo de princípio a confrontando com a sua vida imoral e escandalosa. Em vez disso, Ele apelou para sua sede interior – a insatisfação, a frenética busca pela felicidade que a impulsionava a se tornar vulgar – estava patente diante Dele, entretanto, só finalmente Ele a confrontou com o seu pecado - há um momento ideal e específico para isso. Inicialmente Ele construiu uma ponte e estabeleceu um diálogo com ela.
O apóstolo Paulo também compreendeu este princípio. Quando ele foi trazido diante de Herodes Agripa, ele encontrou pontos em comum e estabeleceu uma ponte com o seu ouvinte. E isso não foi exatamente bajulação da parte de Paulo – Ele simplesmente estava dizendo a verdade. Agripa estava mergulhado, entranhado nos caminhos dos judeus. Ele vivia por ali, conhecia bem, sabia tudo sobre a cultura e os costumes judaicos - entendia perfeitamente os ensinamentos dos profetas judeus.
Mas acontece que Agripa era um homem imoral. Corria um boato de que ele estava envolvido em uma relação incestuosa com sua própria irmã. Paulo poderia ter trazido isso à tona. Ele poderia muito bem ter dito: - "Você é um homem mau, Agripa, e todos sabem disso". Mas ele não fez isso – se o fizesse, correria o risco de nem ser mais ouvido - Ele foi respeitoso, preferiu construir uma ponte.
Então, a exemplo dele sempre que possível, encontremos pontos favoráveis e em comum com cada pessoa que abordamos e esforcemos para estabelecer uma ponte, para aí então, compartilhar o Evangelho. Desse modo certamente estaremos fazendo um alicerce, um bom início para compartilhar a Palavra de Deus compreensivelmente, respeitosamente, com amor e compaixão – só assim seremos ouvidos.
"Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei...

Ame o seu próximo como a si mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei" (Romanos 13.8,9,10).

Nenhum comentário:

Postar um comentário