Perdoa as nossas dívidas,
assim como perdoamos aos nossos devedores.
Mateus 6.12
Qual é a nossa reação instantânea
quando somos insultados ou alguém destrata diante de nós, aos nossos amados? O
fogo da ira incendeia e fervilha dentro de nós e como labareda nos consome, cega
os olhos da razão e partimos para as vias de fato? Ou seguramos o rojão
calmamente, contamos até mil, buscamos internamente uma fonte de água fria, e
dela extraímos um balde de graça e misericórdia – para nos livrar da armadilha e
da tentação de acionar o gatilho da ira que nos induz ao pecado?
Há alguma emoção que aprisione
mais a alma que a indisposição para perdoar?
Davi, por exemplo, para
escapar e livrar-se da perseguição do Rei Saul, enfrentou muitas dificuldades.
Nessa ocasião foi até Nabal, um homem de muitas posses, a quem muito ajudara no
passado; procurar auxílio – este porém, negou-lhe ajuda e ainda o insultou e a
seus valentes, mas Deus o impediu de matá-lo – Davi conseguiu controlar e refrear as
próprias emoções.
Convém não permanecermos
remoendo ressentimentos, ruminando a ira, como se estivéssemos removendo as
cascas do ferimento recente. Procuremos nutrir sentimentos elevados, altruístas,
sejamos como Aquele que disse: "Perdoa-lhes Pai, porque não sabem o que fazem".
"Não retribuam a
ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos"
(Romanos 12.17).
O primeiro passo em
direção ao perdão é conseguir ver o outro como um ser humano, suscetível a erros
e falhas, como a nós mesmos; e não como uma fonte que só espalha dor e
sofrimento por onde passa. É exatamente desta forma que o SENHOR nos trata, exercitando
a misericórdia, Ele se tornou como um de nós, e conhece todos os nossos limites,
sabe exatamente como nos sentimos, compreende nossas frustrações. E em Sua
grandiosidade, quando por nós, pendurado no madeiro, pôde perdoar e interceder
por Seus algozes.
Quando liberamos perdão,
nos aproximamos mais de Deus, pois nesse ato, demonstramos submissão e obediência
aos Seus mandamentos e a disposição em buscar a humildade de coração que Ele
nos ensinou. O perdão é sem dúvida alguma, atividade a ser exercitada e
praticada; pois devido ao nosso egoísmo inerente, temos muita dificuldade em
lidar com ele; principalmente quando somos feridos, traídos, subtraídos ou
magoados profundamente.
Que o SENHOR nosso Deus
possa injetar em nós a mesma graça e misericórdia que Ele conseguiu liberar e
demonstrar no Calvário.
"Façam todo o
possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas
deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei",
diz o Senhor. Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede,
dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele.
Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem" (Romanos
12.18-21).
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