sexta-feira, 23 de junho de 2017

Condescendentes


Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.

                                 Mateus 7.1,2

Não podemos requerer de nossos semelhantes algo além do que nós mesmos estamos dispostos a realizar, e nem tão pouco exigir algo além da capacidade e condições individuais de cada um – precisamos aprender a respeitar e aceitar os limites alheios da mesma forma que o SENHOR tem respeitado e suportado os nossos.
Quando na igreja primitiva de Roma surgiu a dúvida sobre comer carne oferecida a ídolos, Paulo não os orientou nem aconselhou para que houvesse divisão, exclusão ou separação entre eles, pelo contrário, ele instou:
"Aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus" (Romanos 15.7).
O SENHOR Jesus é o nosso exemplo a ser seguido, Ele recebia, respeitava e se relacionava com todos; os excluídos, marginalizados, desprezados todos eram muito bem vindos à Presença Dele. Deus não nos pede algo além do que Ele mesmo realizou; aliás, percorreu um longo caminho, moveu céus e terras para tornar-nos aceitáveis diante Dele. 
Se Ele que é perfeito tolera, suporta e perdoa nossos erros, fragilidades, deslizes e falhas, por que não podemos suportar as deficiências dos outros? Se mesmo nos conhecendo a fundo e ciente de nossas tantas imperfeições, Ele nos convida e recebe a Si, nos permite chama-Lo Pai, não podemos também debaixo da mesma graça acolher aos outros? Se Deus nunca nos exigiu perfeição, por que deveríamos nós estipular esse elevado padrão aos demais?
O abrigo divino é de grande extensão, há acomodações e lugares para todos; de igual modo o Seu Reino possui espaço para opiniões divergentes... Quem nos assegura de que somos imunes a erros, e que a nossa maneira de entender e pensar é mais correta que as demais? Estamos em uma grande escola de aperfeiçoamento, onde crescemos e acrescemos a cada dia. A grande verdade é que todos nós independentemente de raça, gênero ou cor, todos indistintamente, necessitamos da graça, misericórdia e do amor de Deus, todos estamos debaixo do auto suficiente sacrifício de Cristo.
A ultima oração de Jesus antes da crucificação foi exatamente pela unidade de Seus seguidores – podemos cada um de nós romper o ostracismo que tanto nos fragmenta, orarmos em conjunto por uma Igreja unificada, ensaiarmos um coro de boas vindas para entoarmos diante do nosso Mestre e SENHOR.

"Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo. O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só boca vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 15.1,2,5,6).

Nenhum comentário:

Postar um comentário