Não julguem, para que
vocês não sejam julgados.
Pois da mesma forma que
julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para
medir vocês.
Mateus 7.1,2
Não podemos requerer de
nossos semelhantes algo além do que nós mesmos estamos dispostos a realizar, e
nem tão pouco exigir algo além da capacidade e condições individuais de cada um
– precisamos aprender a respeitar e aceitar os limites alheios da mesma forma que o SENHOR tem respeitado e suportado os nossos.
Quando na igreja primitiva
de Roma surgiu a dúvida sobre comer carne oferecida a ídolos, Paulo não os
orientou nem aconselhou para que houvesse divisão, exclusão ou separação entre eles,
pelo contrário, ele instou:
"Aceitem-se uns aos
outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a
Deus" (Romanos 15.7).
O SENHOR Jesus é o nosso
exemplo a ser seguido, Ele recebia, respeitava e se relacionava com todos; os excluídos,
marginalizados, desprezados todos eram muito bem vindos à Presença Dele. Deus não
nos pede algo além do que Ele mesmo realizou; aliás, percorreu um longo
caminho, moveu céus e terras para tornar-nos aceitáveis diante Dele.
Se Ele que
é perfeito tolera, suporta e perdoa nossos erros, fragilidades, deslizes e
falhas, por que não podemos suportar as deficiências dos outros? Se mesmo nos
conhecendo a fundo e ciente de nossas tantas imperfeições, Ele nos convida e
recebe a Si, nos permite chama-Lo Pai, não podemos também debaixo da mesma
graça acolher aos outros? Se Deus nunca nos exigiu perfeição, por que deveríamos
nós estipular esse elevado padrão aos demais?
O abrigo divino é de
grande extensão, há acomodações e lugares para todos; de igual modo o Seu Reino
possui espaço para opiniões divergentes... Quem nos assegura de que somos
imunes a erros, e que a nossa maneira de entender e pensar é mais correta que
as demais? Estamos em uma grande escola de aperfeiçoamento, onde crescemos e
acrescemos a cada dia. A grande verdade é que todos nós independentemente de
raça, gênero ou cor, todos indistintamente, necessitamos da graça, misericórdia
e do amor de Deus, todos estamos debaixo do auto suficiente sacrifício de
Cristo.
A ultima oração de Jesus
antes da crucificação foi exatamente pela unidade de Seus seguidores – podemos cada
um de nós romper o ostracismo que tanto nos fragmenta, orarmos em conjunto por
uma Igreja unificada, ensaiarmos um coro de boas vindas para entoarmos diante
do nosso Mestre e SENHOR.
"Nós, que somos
fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de
edificá-lo. O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de
unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só boca vocês
glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos
15.1,2,5,6).
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