quarta-feira, 5 de abril de 2017

O alto preço da impaciência


Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
        
                                Salmos 40.1

A paciência é virtude de poucos nos dias de hoje, até em nossas orações expressamos a nossa urgência e ansiedade: "SENHOR, dá-me paciência... e quero agora, preciso já"!
É muito complicado e pretensioso para a nossa atual realidade, onde vivemos de refeições prontas, sopas, macarrões, purês e pratos instantâneos, sucos concentrados ou em pó, mistura pronta para bolo, alimentos prontos congelados, globalização, metrôs, tuneis, rodovias expressas; querer ensinar aos nossos filhos e netos a virtude da paciência ou mesmo como esperar tranquilamente por algo, é quase impossível.
O preço da impaciência e desobediência a Deus por Saul foi bastante elevado, rendeu-lhe nada menos que a perda do reino e da unção, foi totalmente destituído do seu poderio.
Observemos como é fácil transigir quando a situação e as pessoas esperam por uma posição e decisão nossa, como ocorreu na ocasião com o rei Saul, ele estava cansado de esperar pelo profeta Samuel, que os instruiria na batalha, os poucos israelitas que reuniu começaram a desertar, então foi pressionado a atacar antes que todos seus homens desertassem, e a sua falta de paciência custou-lhe o cargo.
Se bem pensarmos todos nós preferimos qualquer coisa a ter que esperar, evitamos filas mesmo quando são necessárias. Entretanto esperar é a regra e não a exceção na vida – a exceção é encontrar todos os semáforos verdes diante de nós, a exceção é uma porta aberta, e quando a encontramos devemos seguir, porque isso não acontece em nossas vidas com frequência. 
O esperar quando não há uma direção, quando a porta está fechada, não significa estar fora dos propósitos de Deus para nós, o esperar pacientemente pode ser exatamente o centro da Sua vontade para nós naquele momento.
O que devemos absorver na lição de Saul é que nunca devemos comprometer nossa integridade para satisfazer os demais, e jamais tomarmos uma decisão precipitada que foge a nossa alçada, ou seja, exceder em nossas atribuições, cometer o pecado de prevaricarmos.

"Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o seu espírito do que conquistar uma cidade" (Provérbios 16.32).

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