terça-feira, 4 de abril de 2017

Bondade & Beleza


E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom.
                                 
                                      Gênesis 1.31

O termo hebraico traduzido por 'bom' nesse versículo trás a ideia básica de algo agradável, bonito, prazeroso; em português esses termos referem-se ao âmbito moral – mas Deus enfatizava a harmonia e a unidade do Seu Reino físico, em toda a Criação.
O sábio rei Salomão ao escrever sobre o equilíbrio e a harmonia dos vários aspectos da humanidade, conclui:
"Ele fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez" (Eclesiastes 3.11).
Salomão entendeu "beleza e eternidade" como conceitos implantados por Deus na personalidade humana – a beleza e a perfeição dos atos do Criador desperta em nós uma consciência de eternidade, um vislumbre daquilo que permanece e dura para sempre, um pálido reflexo de algum aspecto da perfeita beleza de Deus: Um amanhecer com os raios de sol despontando; um magnífico por do sol, a majestade de um cânion ou uma gigantesca montanha, o oceano calmo ou turbulento, uma árvore centenária, uma sinfonia, uma pintura, um poema, uma paisagem estupenda ou uma criança inocente podem trazer ao coração humano a convicção de que o Criador – é um Deus pessoal que possui perfeita beleza, e é o Autor e a fonte, a nascente de tudo isso que os nossos olhos contemplam.
Conta-se que enquanto as forças aliadas cruzavam a Alemanha no final da Segunda Guerra Mundial, os soldados do fim do pelotão encarregados de vasculharem cuidadosamente as propriedades em busca de remanescências. Numa casa abandonada, usando lanternas, removendo os entulhos encontram um porão, na parede semidestruída uma vítima do holocausto havia rabiscado uma estrela de Davi com os seguintes dizeres, que muito os impressionou:
- Eu creio no sol – mesmo quando ele não brilha;
- Eu creio no amor – mesmo quando ele não é demonstrado;
- Eu creio em Deus – mesmo quando Ele se cala!
Certamente esse judeu solitário, desesperado e triste viu, sentiu e ouviu Deus através de suas memórias passadas; pois Ele nunca abandona os que ousam Nele crer.

"Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos" (Mateus 28.20).

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