Se afirmarmos que estamos sem pecado,
enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
1 João 1.8
Observando a evolução da história humana,
nitidamente percebemos que há algo muito errado com o nosso GPS moral. Poucos
contestam o fato de que somos capazes de apresentar nobres sentimentos,
impulsos bondosos e termos atitudes altruístas, mas temos uma sagaz capacidade
e aparentemente infinita de nos divertir com a dor alheia, fazermos descaso dos
sentimentos do próximo, na chamada banalização e animalização da humanidade. Divertimos-nos
a valer vendo as chamadas “pegadinhas” onde nossos semelhantes são simplesmente
ridicularizados em troca de algum dinheiro.
A Bíblia chama a imoralidade humana de
pecado, reconhecendo o fato de que ela é antes de tudo uma ofensa contra a Lei
de Deus, antes mesmo de ferir e macular o próprio pecador e outros envolvidos.
Mas o pecado não é um conceito muito popular em nossos dias. A sensibilidade
moderna gosta de reinventar e reescrever a linguagem moral fazendo uso de um
jargão de saúde mental – o “eu” como centro de meu próprio universo, se for
prazeroso, se minha consciência e meu coração pedem e não me condenam que mal
há??? A ideia é que a linguagem moral leve a culpa, e a culpa é um sentimento,
um estado interior negativo, que impedem o bem estar das pessoas que estão
tentando aprender a aceitar a si mesmas, assim como são; falhos, complexos,
suscetíveis ao erro...
Será que nós, como cristãos, devemos nos
livrar do conceito do “pecado”, seria isto benéfico para nós?
O pecado é em si nocivo, enganoso,
destrutivo, mortífero – é a escolha intencional de pensar, optar, seguir e agir
ao contrário, na contra mão ao Caminho de Deus – leva e ocasionam drásticas consequências,
lares e famílias destruídas, desrespeito às leis e a ordem, perversão e promiscuidade,
abusos, consumismos desenfreado e desmedido, violência em todos os níveis
sociais, alcoolismo, dependências químicas, uso de drogas, miséria, pobreza,
calamidade, exploração humana, relativismo moral, destruição da personalidade,
entre outros... Acontece que quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, poluíram
o ribeiro da humanidade em sua nascente – a partir daí, cada pessoa que está no
rio da humanidade, adiciona os seus poluentes individuais ao fluxo da
correnteza, através de seus atos e escolhas de desobediência, rebeldia,
rebelião contra Deus e Sua Lei.
Essa linha de raciocínio nos força reconhecer
que há algo errado com nosso senso moral – alias o pecado explica por que
deixamos de seguir os impulsos nobres, embora os tenhamos; e o porquê a maioria
dos nossos impulsos não é exatamente nobre, como deveriam.
Mas uma vez
conscientes da nossa impossibilidade de lidar com o pecado por nossos próprios
esforços, somos impelidos a voltarmos a Deus, de modo que nossas ofensas morais
possam ser perdoadas através da morte de Cristo – humildemente buscamos no
Mestre e SENHOR Jesus ajuda a cada dia na árdua tarefa de revitalizar nossas
mentes, inspiração em nossos sonhos e desejos, direção e curso para as nossas
atitudes e ações. E isto nos conscientiza e desmente a errônea noção de que
toda a humanidade é decente, boa e capaz e que precisa apenas caprichar, praticar
boas ações, dar tudo de si para ir para o céu – esta ideia é equivocadamente demoníaca
– ao admitirmos a presença do pecado em nossa vida e nossa total necessidade e dependência,
as boas-novas de perdão e salvação através de Jesus Cristo estarão disponíveis,
indistintamente ao nosso alcance.
"Se confessarmos os nossos pecados, ele
é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda
injustiça" (1 João 1.9).
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