Todo ramo que, estando em mim, não dá
fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.
João 15.2
No interior campestre, conta-nos uma
humilde serva do SENHOR que estava no limite de suas forças, desanimada
ponderava até mesmo em desistir da jornada cristã, perplexa com as grandes aflições
que pareciam fazer dela o seu principal alvo.
Em certo dia, passando por uma vinha em
pleno esplendor do outono, não pode deixar de observar que as videiras não
estavam podadas e que sua folhagem ostentava um luxuriante viço, digno da atenção
de todos os passantes. Não pode deixar de ver também, que as ervas daninhas,
pragas e capim cresciam ali a vontade e que o terreno parecia em completo
abandono, em total descuido, entregue ao descaso.
Enquanto seguia seu caminho, meditava
estarrecida sobre o que vira – nesse devaneio, ainda refletindo, Deus lhe deu
uma mensagem tão preciosa que ela fez questão de compartilhar e passar adiante:
-"Filha, você questiona sobre a razão, o
motivo, o porquê de tantas provações e dificuldades em sua vida... Observe
atentamente as condições desta vinha e absorva a lição que ela te dá. O
agricultor deixa de cuidar, podar, revolver, adubar, irrigar a terra, limpar e
colher o fruto maduro, exatamente quando nada mais espera da vinha naquela
estação. Ela é deixada de lado, abandonada ao esquecimento porque a estação de
fruto já passou, e qualquer esforço nessa ocasião seria inoperante, retrabalho,
não traria resultado satisfatório nem compensador. A grande maioria das vidas
livres do sofrimento refletem a mesma inutilidade, superficialidade, vazio de
alma, incapacidade da aprofundar raízes e consequentemente produzir frutos...
– Você quer, então, que Eu pare de podar a
sua vida? Devo deixa-la entregue a si mesma, a sua própria sorte, por sua conta
e risco?
Embasbacada, o coração em sobressalto mas
ao mesmo tempo consolado e em completa e perfeita paz, ela exclama um sonoro:
-Não, SENHOR! Quero apenas cumprir o Seu querer!"
"Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se
em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1.38).
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