Quando o agricultor ara a terra para o
plantio, só faz isso o tempo todo? Só fica abrindo sulcos e gradeando o solo?
Depois de nivelado o solo, ele não semeia e
espalha as sementes?
Isaías 28.24,25
Durante as férias de verão sempre buscamos
descanso e refúgio no campo, o sossego e a beleza das campinas verdejante
formam um convite para os olhos ávidos pela natureza.
Numa bela manhã ensolarada, ficamos
deslumbrados com a relva aveludada cravejada pelas flores do campo coloridas,
que se assemelhava a um imenso tapete oriental em perfeição e rara beleza. De
um lado, erguia-se empertigada uma árvore frondosa, em sua copa abrigava vários
pássaros em algazarra, preenchiam o silencio com seus gorjeios e trinados. À sombra
de suas fartas ramagens, alguns animais do campo repousavam sonolentos e
preguiçosos. Era a pitoresca imagem retratada do sossego e contentamento
campestre.
A trilha que conduzia até ao casebre, era
ladeada de roxo e o dourado das violetas e dentes-de-leão, como sob os cuidados
de um exímio jardineiro e esmerado arquiteto. A cerca viva que rodeava a
propriedade dava um toque exuberante e natural a toda beleza, como um imã que
prende a visão faminta que se banqueteia ao sabor das cores.
Ficamos então a
imaginar, quanto capricho, esmero e dedicação Deus havia destinado e
empreendido naquele cenário de beleza inigualável e singular...
Mas, ao retornarmos no dia seguinte para
usufruirmos novamente da estupenda visão, qual não foi a nossa surpresa, ao
constatarmos que a mão demolidora havia alterado todo o cenário. Não muito
distante ainda estava o arado, cravado no sulco que ia deixando atrás de si. A
relva verde fora revolvida e agora estava à mostra a terra escura, feia e nua;
já não havia pássaros e sim algumas galinhas ciscavam a terra, nem sinal das
flores coloridas que decoravam a singela paisagem. Como alguém poderia denegrir
e estragar tanta beleza com tamanha rapidez? Ficamos indignados!
Então, o SENHOR que é grande em
misericórdia, vendo o nosso pesar, mostra-nos através de um passeio mental onde
podemos ver todo campo já formado e produzindo, milho, abóbora, mandioca, soja,
feijão, arroz, frutas variadas e abundantes... E de repente, a terra que parecia
escura e feia aos nossos olhos, revestiu-se de um novo esplendor e valor que
não percebíamos na véspera.
Que possamos ter sempre esse despertar e
uma larga e nítida visão da fartura e abundante colheita que proporciona a Presença do Grande Agricultor – quando tantas vezes sulca, ara e revolve as nossas
almas, deixando diante de nosso limitado olhar apenas tristeza, vazio, solidão,
desprovido de qualquer beleza... Então, não devemos mais nos retrair diante do
arado do SENHOR, sejamos obedientes e submissos, pois certamente o Sábio
Agricultor planeja uma farta colheita em nossas almas.
"Humilhai-vos perante o Senhor, e ele
vos exaltará" (Tiago 4.10).
"Humilhai-vos, pois, debaixo da
potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte";(1 Pedro 5.6).
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