sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O preço do silencio


Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca.

                                       Isaías 53.7

Quanta graça é necessário para digerir e administrar bem um mal-entendido? Quanto precisamos para receber suavemente, em perfeito equilíbrio emocional um insulto, uma injustiça ou mal julgamento?
Nada expõe melhor o nosso verdadeiro caráter como quando alguma palavra negativa é proferida contra nós – esta é a prova que logo revela se somos feno, madeira, prata ou ouro maciço.
"O crisol é para a prata e o forno é para o ouro, mas o Senhor prova o coração" (Provérbios 17.3).
"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" (Provérbios 4.23).
AH!...Se tivéssemos maturidade o suficiente para avaliarmos a grandeza oculta nas bênçãos advindas das tribulações superadas, faríamos exatamente como Davi, quando amaldiçoado por Simei:
"Deixem-no em paz! Que amaldiçoe,... Talvez o Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje recebo. Assim, Davi e os seus soldados prosseguiram pela estrada, enquanto Simei ia pela encosta do monte, no lado oposto, amaldiçoando, jogando pedras e terra" (2 Samuel 16.11-13).
Uma grande parte de nós, vive no limite, basta um insulto, para deixarmos de lado o labor do trabalho por mais edificante que seja e partirmos no encalço, em franca perseguição aos nossos ofensores, e nem percebemos que fazemos de nossa vida uma roda-viva de insignificantes redemoinhos sem nenhum valor. É como atirar pedras mirando a lua, como correr atrás do vento ou mesmo mexer num vespeiro, podemos até dispersá-las tirando-lhes a paz, mas certamente seremos mais afetados e nada obteremos para compensar a dor e o tempo perdido, a não ser o mel... Tem alguns de nós que perde o sono se não tiverem a última palavra numa discussão...
Ao invés disso, que estejamos abertos para recebermos de Deus mais, bem mais do caráter Daquele que é o nosso exemplo, Mestre e SENHOR.
"Pensem bem naquele que suportou tal oposição dos pecadores contra si mesmo" (Hebreus 12.3).

"Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça" (1 Pedro 2.23).

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