Todos vocês que acendem fogo e fornecem a
si mesmos tochas acesas, vão, andem na luz de seus fogos e das tochas que vocês
acenderam. Isso é o que receberão da minha mão: vocês deitarão atormentados.
Isaías
50.11
Que sinal de alerta para aqueles de nós que
atravessam circunstancias difíceis, momentos de total ausência de luz, caminham
em trevas e tateando procuram sair para a luz, por si próprios, pelos próprios
recursos e meios. São comparados no versículo acima, com alguém que acende uma
labareda e caminha em suas próprias faíscas.
Significa dizer que muitos de nós, quando
atravessamos pelo deserto das trevas, somos tentados a descobrir por nós mesmos
um escape, uma saída para o caos sem consultarmos ou esperarmos pelo agir de
Deus, sem buscarmos o apoio Dele. Ao invés de buscarmos Sua orientação,
permitirmos que Ele guie nossos passos até atravessarmos o túnel de horror, procuramos sair sozinhos. Buscamos os holofotes e as luzes mundanas, conselhos
e orientações dos amigos; nossos próprios instintos, razões e conclusões
próprias. Isto quando não adotamos um caminho de livramento totalmente alheio,
absolutamente contrário ao do SENHOR para nós.
Todas estas opções são fogos acesos por
nós; luzinhas fracas, rotas, incapazes de nos direcionar, que certamente nos
levarão a encalhar no próximo banco de areia do caminho. E Deus simplesmente
permitirá que segundo nossa escolha, andemos pela luz dessas débeis fagulhas,
que só resultarão em dores, decepções e perda de tempo.
Não podemos de modo algum nos apoiar em
nossos próprios entendimentos, nem procurar sair de circunstancias complicadas
sem a direção, o aval e o tempo certo de Deus para nós.
"Confie no Senhor de todo o seu
coração e não se apoie em seu próprio entendimento"; (Provérbios 3.5).
O tempo de aflição é terapêutico, tem o
propósito de ensinar-nos lições que serão fixadas, e de que necessitamos
grandemente do aprendizado que nos deixarão. Certamente os livramentos prematuros
podem frustrar a conclusiva obra da graça em nos; como poderemos conhecer a rota
se não a trilharmos cabalmente?
Simplesmente confiemos, entreguemos tudo
completamente nas sábias mãos do Condutor. Disponhamos nosso coração a suportar
as provas que surgirem desde que tenhamos conosco, a garantia da Sua Presença
constante. Não soltemos de Suas mãos em momento algum, nem para dormir,
lembrando sempre que é mais seguro caminhar em trevas com Deus do que na luz
sem Ele.
Não podemos brincar de ser Deus, deixemos
de intervir e interferir nos desígnios, no querer e na vontade de Deus. Como
quando insistentemente ficamos pedindo por algo, feito filhos teimosos: “Pai eu
quero isto... Preciso disso... Desejo isso... Me dá isso... Todos já tem e também
quero isto... Se o SENHOR não me der isto, então também”...
Quando colocamos a mão alterando o curso de
algum de seus planos, sem sombra de dúvidas estragaremos a obra, jamais poderemos
realizar mais do que Ele, ou melhorar qualquer projeto Seu.
Podemos mover o ponteiro do relógio a nosso
bel prazer, segundo a nossa conveniência, mas isso não alterará o tempo;
podemos abrir um casulo de borboleta antes da hora, ou um botão de flor prematuramente,
mas só iremos provocar danos; podemos querer apressar, agilizar o desenrolar da
vontade e dos propósitos de Deus, mas só estaremos prestando um desserviço para
o Reino do Altíssimo.
Deixemos tudo com Ele, passemos o leme para
o Seu controle, tiremos as nossas mãos.
Cumpra-se o Teu querer SENHOR, faça-se a
Tua vontade, e não a minha!
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