sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Como bem Lhe aprouver


 Eu o chamei, mas ele não respondeu.

                   Cânticos 5.6

A dádiva da grande fé é provada por meio de extensa e longa espera. Abraão que o diga! Vezes sem conta, o SENHOR deixa Seus servos a ouvirem o eco de suas próprias vozes, como se o céu fosse de bronze, e Se ressentido estivesse nos evitando, numa greve de completo e ameaçador silencio.
É como se batêssemos aflitos na porta de ouro, mas ela permanecesse desafiadoramente imóvel, como se estivesse enferrujada, emperrada.
Como Jó, em desespero clamamos:
"Clamo a ti, ó Deus, mas não respondes; fico de pé, mas apenas olhas para mim" (Jó 30.20).
E como Jeremias, desconsolados oramos:
"De nuvens te encobriste para que não passe a nossa oração" (Lamentações 3.44).
Verdade é, que desde grandes e expressivos ícones a insignificantes e pequeninos servos, ao nosso raso entendimento humano; todos os santos têm experimentado períodos de longa e paciente espera, sem receber imediata resposta, Abraão, Isaque, Moisés, Noé, Daniel, José... Não porque não houvesse profundidade, argumentos convincentes, veemência em suas orações, é claro que não; mas porque assim aprouve Àquele que é soberano e que concede Sua graça conforme Lhe parece bem. Sabe exatamente e precisamente o que é melhor, necessário e conveniente a cada um dos Seus, se carecemos de exercitar a calma, a paciência, a tolerância e fortalecermos a fé, vai agir e criar circunstancia propicia para obter esse resultado, para respondermos devidamente a isso.
Nenhuma oração é fraca, perdida ou ineficaz – o esforço empreendido em oração nunca foi vão – um breve murmúrio não passa despercebido ou é ignorado pelo Criador, Aquele que criou o ouvido é um especialista em audição; mas algumas petições, solicitações que entendemos como negação ou recusa, simplesmente estão em maturação, aguardando o tempo ideal, o momento certo de Deus e que também estejamos prontos, preparados para recebermos.
Há ocasião ideal para tudo, e mesmo o que a nós parece demora em o Mestre assumir o controle, e vir em nosso socorro, é uma forma de avivar nossas orações e firmar nossa fé – mesmo que as fortes ondas já estejam para afundar nosso barco, e o SENHOR encontra-Se dormindo profundo sono; estejamos certos de que Ele nunca Se atrasa, no momento certo despertará e acalmará o mar revolto que nos açoita impiedosamente. Ele jamais abandona os Seus apenas confiemos.

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