Pois todo o que pede, recebe; o que busca,
encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.
Mateus
7.8
Certa vez, um cristão tipo “Tomé”, numa
atitude de revolta incredulidade, desafiou ao SENHOR:
- Ei, coloque fogo no arbusto, como fez com
Moisés; e eu O seguirei por onde for. Derrube as muralhas e os gigantes como
fez com Josué e Davi; e eu lutarei e combaterei pelo Seu Reino. Acalme o revoltoso
mar, como fez na Galileia, e eu O ouvirei e saberei que é o SENHOR agindo!
Com os sentidos aguçados, sentou-se por um
tempo diante de um arbusto, depois, diante de um alto e sólido muro, e então se
estacou diante do mar, e o homem desconfiado esperou Deus falar.
- E então, Deus? Nada? Fica mudo agora?
E o SENHOR, pacientemente, em Sua infinita
misericórdia, respondeu sim.
Mandou fogo do céu, não sobre a vegetação e
o arbusto, mas sobre uma igreja pequenina que O buscava em constante e devotada
oração. Derrubou uma muralha, não de alvenaria, mas de pecados e iniquidades de
um povo orgulhoso e corrupto de coração duro que persistia em caminhar no
engano e no erro daquele povoado. Acalmou uma tempestade, não no mar, mas no
oceano do intelecto, no intimo da alma, de uma geração obstinada e perdida.
E Deus aguardou silenciosamente que o homem
cumprisse com sua palavra. Esperou, esperou e esperou...
Mas como o homem olhava apenas para os
arbustos, não para os corações; para os tijolos, não para as vidas; para o mar,
não para o interior do indivíduo; simplesmente concluiu que Deus absolutamente
nada fizera. E finalmente, vencido pela demora, ousa interrogar ao Criador:
- Ué, cadê o Seu poder? Envelheceu?
E Deus, exercendo Sua grande misericórdia e
com infinita humildade, retruca:
- E você, perdeu os sentidos? Cadê sua
visão, audição e percepção... Enterrou os talentos que lhe dei?
"Ó geração incrédula e perversa, até
quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los" (Mateus
17.17).
Em nossa jornada cristã precisamos
desenvolver e aguçar aos nossos sentidos, nossa percepção; aprender a fazer uma
leitura espiritual da circunstancia e da realidade que nos cerca. Ouvir o que
verdadeiramente o SENHOR nos revela, porque na maioria das vezes, não condiz
com o que esperamos ou gostaríamos de ver e ouvir. Ele é o SENHOR, somos apenas
os servos, trabalhamos no desenvolvimento do Seu Plano, Seu Projeto, Seu Reino;
e não podemos esquecer que nossa visão, audição, entendimento estão muito aquém
das realidades celestiais, sem Ele nada somos ou podemos.
"Já não os chamo servos, porque o
servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado
amigos... Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto,
fruto que permaneça... Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dá muito
fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma" (João 15.15,16,5).
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