Mantendo a fé e a boa consciência que
alguns rejeitaram e, por isso, naufragaram na fé.
1 Timóteo 1.19
Se pudéssemos fazer uma retrospectiva na
linha do tempo, e de repente fossemos surpreendidos, vivendo na época de Paulo
e dos grandes apóstolos que seguiram o Mestre Jesus bem de perto.
Então adentraríamos o sistema penitenciário
e tentaríamos com alguma sorte, uma exclusiva entrevista com a figura mais
polêmica e problemática da época:
Percorreríamos os porões fétidos e úmidos
do longo e escuro corredor, até encontrar-nos diante de uma pequenina sela,
desprovida de tudo e sem qualquer conforto.
Paramos bem na frente de um homem que está
no corredor da morte. Judeu de nascimento tem como profissão principal a construção
de tendas, mas apóstolo por vocação, segundo o chamado recebido do próprio
SENHOR.
Seus dias estão contados, e ele tem
conhecimento disso. Então indagamos a nos mesmos, como repórteres curiosos, o
que sustentaria esse homem, enquanto sua morte se aproxima, e como fantasma o ronda
a cada dia? E como que mais para absorver seus conhecimentos e exemplo de vida,
do que mesmo para atender a curiosidade, nos pomos a questioná-lo e ele gentilmente,
como que grato pela companhia, passa a responder-nos:
- Você tem família, deixa algum parente,
Paulo?
- Não tenho ninguém. Deixo apenas os irmãos
que compartilham da mesma convicção e fé que prego e vivo.
- Como está sua saúde?
- Estou com o corpo quebrado, devido aos
severos castigos a que tenho sido exposto, um tanto cansado... Mas tudo isso
torna-se irrelevante, quando se caminha ao encontro da morte.
- Espera receber algum reconhecimento, benefício, alguma recompensa pelo seu grande trabalho e contribuição para o
engrandecimento da cultura da sua Nação?
- Não aqui na Terra. E também qualquer
premiação ou reconhecimento deste mundo, por mais valioso que pudesse ser,
seria considerado refugo e esterco, comparado ao que me está proposto na esfera
celestial...
- Nenhum bem, nenhum valor, nenhum
parente... Quais são os seus valores, o que o motiva, o que você tem afinal de
realmente importante, Paulo?
- Tenho a minha fé. E isso é tudo o que
preciso, e o que me mantém focado a cada dia de espera.
E então brandamente, sem nenhuma expressão
de temor, revolta ou pesar, recosta-se na parede nua do cárcere e abre um largo
e espontâneo sorriso, que inspira confiança e grande paz interior.
"Eu já estou sendo derramado como uma
oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate,
terminei a corrida, guardei a fé" (2 Timóteo 4.6,7).
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